sábado, fevereiro 12, 2005

Um povo eleito
para a morte



60º. aniversário da libertação dos campos de concentração
1945 | 2005
27 de Janeiro

Texto: Rui Neumann



O rosto estava seco, o olhar parado e morto, a dor era tanta que já não dava espaço às lágrimas. Os alemães cortaram-lhe as barbas e raparam-lhe o cabelo, atirando por terra a sua kippa. Era um respeitado rabi que dedicara todos os dias que Deus lhe dera a uma sacra obediência de todos os preceitos talmúdicos. No solo jaziam as barbas, símbolo de sabedoria adquirida e respeito pela tradição transmitida, tal como fizeram os seus antepassados. Entre risos e empurrões, um grupo de alemães obrigou o velho rabi a dançar e urinar sobre a sagrada Torah, atirada para a lama. Nesse dia o venerado rabi morreu, não fisicamente, mas morreu.

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PARA QUE A MEMÓRIA FIQUE INTACTA, A HUMANIDADE DEVE RENDER HOMENAGEM A MILHÕES DE INOCENTES VICTIMAS DOS NAZIS
Esta monumento, edificado na vila de Oswiecim, foi inaugurado em 27 de Janeiro, perante altas personalidades e familiares das vítimas do genocídio. Um monumento de paz e liberdade, contruido graças ao mecenato e à generosidade de todos.