terça-feira, janeiro 25, 2005


ESPAÇO LIVRE

BENFIQUISMO on-line


Recebi hoje uma mensagem que mereceu a minha melhor atenção assim como, eu entendo, merecer também a atenção de quantos possam visitar meus blog's, aqui no Blogspot e na Weblogger. Não se trata de uma critica ao que eu possa ter "postado" nem um comentário ruim ou de apoio. Apenas um texto muito bem elaborado e denunciador dos vínculos de seu autor ao velhinho clube lisboeta. Um texto que eu transcrevo do blog do próprio autor, a quem agradeço o contacto, dada a oportunidade oferecida para dar à estampa tão precioso "post", que eu não seria capaz de escrever por não vibrar tanto com o seu benfiquismo associado ao nacionalismo, que respeito mas ao qual eu não pertenço. Reproduzo:

Há uma única coisa em que eu sou muito português.
É no Benfiquismo. E não sou o único, pois é no Benfica que a pátria é mais pátria e que a tradição da nação é mais indelével. Goste-se ou não, mas o facto é que o Benfiquismo é uma constelação que atravessa de norte a sul, de paralelo a paralelo, de pólo a pólo e que vive do ronronar sequioso e vivamente glorioso de um passado, não deixando de ameaçar invadir o presente com algo de inesperadamente novo e épico. Domingo a domingo. É nessa iminência, misto de esperança e de cantochão do mais inusitado espanto, que reside o Benfiquismo.Tal como Portugal, o Benfiquismo oscila entre a ilusão do zénite e a brusquidão das trevas, entre o desmedido voo e a ocultação das penas, entre o desejo imprudente dos marinheiros do fim do mundo e a nostalgia dos calceteiros perdidos na melancolia dos seus labirintos infinitos. Ser Benfiquista é este receio infundado da vitória, espécie de ressoar pessoano que faz do menino da sua mãe a Pietá onde adormece o jogador vermelho e branco da pátria-mãe, enquanto os outros festejam apenas o futebol e não o mito.
O texo é muito extenso, razão pela qual me obriga a linkar ao original, ao meso tempo tempo que convido meus visitantes a clicar ai no título que vos levará até ao blog de Luís Carmelo " Miniscente" onde poderão ler integralmente este texto invulgar.O BENFIQUISMO, de Luís Carmelo