terça-feira, março 27, 2007

REGRESSO

SIMPLESMENETE, EU!

Ausência desesperada sem saber como explicar e não deixar meus amigos e visitantes pensando errado sobre minhas obrigações de aqui estar, pelo menos, cinco dias por semana, tirando os dois de folga. Não tive tempo para mais aquando tive de parar. Apenas umas pequenas linhas informando que iria ser submetido a uma pequena cirurgia e nada mais, O tempo passou e essa informação também passou despercebida a muitos de meus amigos. Hoje, volto, ainda com a cabeça rodopiando por aí sem Norte devido a anestesia geral a que estive submetido. Mas voltei. Consegui voltar. Aqui estou. Aturem-me!


O tempo de ausência esteve cheio de assuntos importantes nas várias vertentes que eu habitualmente analiso nos meus blogues. Porém, entre todos, aquele que me marcou de certa forma particular foi o encontro dos futebois português e belga. As "bobagens" dos belgas e a repercussão que as "bocas" tiveram no mundo do desporto. Num relance, por se tratar de belgas, lembro-me que no tempo de garoto semi-rebelde (7 anos) no meu bairro do Bungo (Angola-Luanda) meu grupo (ou bando?) de amigos chamava-mos de belga a tudo que não prestava. Nem sei a razão dessa maneira de qualificar os "gajos". Para agravar essa antipatia, anos volvidos (1945) um tio meu radicado no ex-Congo Belga (Hoje R.D. do Congo) onde tinha um restaurante (Kinois) lembrou-se de me levar para lá... (eu tinha chumbado no terceiro ano do Liceu.) foi a confirmação de minha antipatia pelos belgas. Ali, na antiga Leopoldville (hoje Kinshasa) os negros para andarem na cidade depois das nove da noite tinham que estar credenciados pelos patrões, atestando que tinham estado a trabalhar, e, pior e demais, não estavam autorizados a circular pelos passeios. As razões aqui ficam para mais do que possam pensar, justificar a minha alegria por terem levado uma "pisa" com quatro secos na bagagem de regresso... tadinho do guardião belga, que até se armou em "madalena arrependida" só faltando as clássicas "lágrimas de crocodilo" abraçando o Cristiano Ronaldo. Tadinho dele...

O espectáculo oferecido pelo onze luso, na etapa complementar, foi autêntica lição de futebol, merecedora de incluir qualquer um manual de "Como Jogar Futebol de Alta-roda". De antologia, nos pormenores de execução de conjunto e, particularmente, individual: Ronaldo, Quaresma, João Moutinho e Nani... nos pormenores. Quaresma, marcou o golo da prova com uma trivela que o mundo apreciou e não se cansa de fazer o "replay". Tudo isto e mais a alegria de ter alta, me alegraram sobremaneira. Esta a principal razão de eu estar de regresso, simplesmente eu. Abraços rijos e caté mais!