Um intenso espectáculo de luzes, cor e magia de sobra para cruzar passado e futuro num espaço singular e engenhoso assinalou a inauguração do Dragão Caixa, projecto audacioso da autoria de Manuel Salgado, que passa a integrar, mesmo ao lado Estádio do Dragão, um conjunto magnificente.
No novo domicílio das modalidades, que sucede ao Pavilhão Américo de Sá, foi a primeira pedra, lançada há precisamente dois anos e agora envolta por uma dança simbólica do dragão chinês, que começou por concentrar as atenções da primeira lotação esgotada, enquanto a cidade se tornava maior na voz de Miguel Guedes, líder dos Blind Zero, a cada verso recitado do poema «Aleluia», de Pedro Homem de Mello.
O Hino do FC Porto, no tom inigualável de Maria Amélia Canossa, proporcionou um dos muitos momentos altos da arrepiante cerimónia, que recordou, em vídeo, todos os passos da construção do novo pavilhão, com os Queen a emprestarem o tema «It's A Kind Of Magic» para fundo sonoro, sublinhando o espírito inventivo e vanguardista em todos os traços da obra.
A «techno ópera» da cantora lírica Yolanda Soares conquistou, igualmente, a plateia, onde se confundiam novas estrelas e velhas lendas do F.C. Porto, antes de Nuno Norte interpretar o tema «Porto, Faz O Meu Dia», lançando o discurso do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa e o brinde melodioso à inauguração, encerrada com a projecção tripla da chama do Dragão e a «Pronúncia do Norte», interpretada por Rui Reininho.
Numa dissertação emocionada, na noite em que completou 27 anos de presidência do F.C. Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa sublinhou que o dia lhe permitira «concretizar mais um sonho azul e branco», o mesmo que com ele nascera em 2001, no momento em que assistiu à demolição do Pavilhão Américo de Sá, revelando, ainda, dispor de energias para «continuar a lutar» pelos seus ideais e com novas metas para alcançar.