quinta-feira, setembro 11, 2008

Dizer as verdades
à MODA DO MWANGOLÉ


SABER DEMOCRACIA
Posted: 10 Sep 2008 02:44 AM CDT
em "Pensar e falar Angola"
Texto: FIGUEIREDO FERNANDES
Pois é. Estava eu na disposição de nem sequer comentar as eleições em Angola por pensar que há, neste Planeta global, muitos mais críticos com disponibilidade para o fazerem do que este comum dos mortais. No entanto como homem nascido no Huambo, amando o meu País, tendo Angola como minha eterna namorada não podia deixar em claro tão importante acontecimento e as consequentes declarações que alguns produziram a seguir.
Não vou perder tempo com a verborreia de discurso de um senhor João Soares, inimigo de Angola há muito tempo, mau perdedor, e que penso há muito deveria estar afastado de cena política. Não conseguindo convencer os portugueses pensa que consegue enganar os angolanos e há anos que vem somando dissabores pois os galos que vai encontrando pelo caminho voam baixinhino e, por vezes, muito baixo, deixando esta figura mascarada de democrata, servindo-se do nome do pápá, numa triste situação de perdedor militante. Se tivesse um pingo de vergonha dedicava-se a coleccionar selos de povoamento das antigas colónias portuguesas.
Descanse Dr. João Soares e aproveite para relaxar.
O que me leva a mostrar a minha indignação sobre este tempo terá que estar relacionado com os imensos debates que se foram produzindo em alguns órgãos de comunicação social de Portugal e que me deixaram a olhar o céu. Não andando distraído, sabendo que o grupo Balsemão não morre de amores por Angola, penso que houve momentos de "glória" nos comentários e análises que se foram produzindo. A mais ridícula, hilariante e intelectualmente desonesta surgiu de um homem do Huambo, escritor e com ideias de grande pensador, José Eduardo Agualusa. Os comentários que foi produzindo na SIC Notícias são de levar às lágrimas. Este jovem turco não se coibiu, perante toda a realidade, dizendo-se "conhecedor" da realidade angolana e até da corrupção, de afirmar que não se sabia quem ía ganhar as eleições em Angola e que se esperava uma grande surpresa. E a partir daqui foi um chorrilho de asneiras com ataques ao Governo e ao partido maioritário, como se o Governo de Angola e o MPLA lhe devessem alguma coisa. Só faltou falar de novo de Agostinho Neto. O homem não anda distraído, é mal intensionado e de Angola percebe o que vai lendo e "olhando". O Governo de Angola e o MPLA precisam de uma boa dose de paciência para ir aturando os carregamentos de Água do Luso que lhe vão colocando nas fronteiras. Estava na altura de os angolanos também terem uma grande dose de paciência, como o fizeram no dia das eleições, esperando ordeiramente, civicamente, democraticamente, apesar das faltas e dos erros das entidades eleitorais, para deixarem de dar a ganhar a estes jovens eduardos milhares de kwanzas que eles depois esbanjam na Europa a produzirem lixo.
Não devo deixar passar em claro as contradições, as asneiras e a falta de pensamento político e de análise da representante europeia às eleições angolanas, da deputada portuguesa Ana Gomes (já terá provado em Portugal quantos voos da CIA utilizaram o espaço aéreo português na guerra do Golfo?), e de muitos outros velhos do Restelo que continuam a olhar para Angola com os olhos do paternalismo para não lhe chamar um nome que na minha adolescência se utilizava muito a este tipo de atitude, NEOCOLONIALISMO.
Perante África e o Mundo, Angola deu uma lição de saber estar, saber fazer e saber democracia. Assim o grande vencedor das eleições angolanas, o MPLA, saiba tirar partido da confiança que o povo angolano lhe colocou nas mãos. Os meus parabéns aos outros partidos angolanos, incluindo a
UNITA (que diferença de posicionamente relativamente a tempos anteriores!), que souberam colocar os interesses eleitorais acima dos interesses individuais a favor da PAZ