Ordenamento da Baía
avança em Dezembro
A construção das principais infra-estruturas sociais do projecto de requalificação e reordenamento urbano da Marginal de Luanda, avaliada em 2,13 biliões de dólares, começa em Dezembro deste ano, soube ontem a Angop.Segundo a coordenadora do projecto, Catarina Sierra, o concurso internacional para a edificação da habitação, escritórios, comércio, hotéis, áreas turísticas e de lazer está já concluído. Neste momento, de acordo com ela, os trabalhos de limpeza ambiental da baía, numa área de 18 mil metros quadrados, encontram- -se na fase final. Aprovado em Setembro de 2007 pelo Conselho de Ministros, o projecto Baía de Luanda visa a construção de obras públicas e privadas ao longo de toda a zona marginal da Avenida 4 de Fevereiro, com medidas rigorosas de protecção do ambiente. Desde o início da obra (7 de Novembro), o “Projecto Baía” cumpriu já três fases, nomeadamente abertura do canal e constituição do aterro no prolongamento do Largo 17 de Setembro, recuperação e limpeza das estações de bombagem e do sistema de recolha de esgotos da Marginal, bem como os trabalhos de dragagem e aterro do local. A parte referente à construção de obras públicas, sem ónus para o Estado, está orçada em 113,6 milhões de dólares, que é o montante dos fundos próprios a serem suportados pelo investidor. A fiscalização do projecto está a cargo da Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), Banco Nacional de Angola, ministérios das Obras Públicas e do Urbanismo e Ambiente e Governo Provincial de Luanda. Catarina Sierra revelou igualmente que o projecto é considerado inovador porque vai permitir à Marginal ter a sua actividade acrescida e suprir, na capital, a demanda de espaços imobiliários de alto nível. Financiada mediante empréstimos bancários, a empreitada, segundo a fonte, resume-se na abertura de novos parques de estacionamento com capacidade para mil e 600 viaturas, criação de espaços públicos de lazer, com áreas ajardinadas e arborizadas, bem como a recuperação das fachadas de alguns edifícios da Avenida Marginal e o seu arranjo paisagístico. No tocante às obras privadas, reafirmou estar prevista a construção de duas torres (uma com 37 pisos e outra com 24) para escritórios, comércio e habitação e outros dois edifícios para múltiplas funções, como hotel e centro de convenções, numa área de 122 mil e 581 metros quadrados.Prevê-se também a edificação de espaços para habitação, escritórios, comércio e empreendimentos hoteleiros, turísticos e de lazer na Ilha do Cabo, em terreno maioritariamente a ser conquistado à baía, num total de 965 mil e 729 de metros quadrados.