sexta-feira, setembro 05, 2008



Os pesadelos da
UNITA
(Crédito: ANGOLA DIGITAL)
Foi um pesadelo para Isaías Samakuva. O ex-vice-ministro da Comunicação Social do GURN, Graciano Tulumo, indicado pela UNITA, abandonou o partido e no “comício das multidões”, no bairro Benfica, no Huambo, apelou ao voto no MPLA, porque, afirmou, “a UNITA nunca foi capaz sequer de liderar a oposição”.
Se as eleições não chegam rapidamente, a UNITA pode deixar de ser o segundo partido em Angola. No mesmo comício, o deputado da UNITA, Mwanza Wa Mwanza, acompanhou o ex-vice-ministro Graciano Tulumo no apelo ao voto no MPLA. O responsável provincial pela Informação da UNITA no Bié, José Pedro Donana Diniz, abandonou o partido do Galo Negro, acompanhado de mais 70 quadros e militantes. Um dia que Isaías Samakuva tão cedo não esquece. Até porque, enquanto os pequenos partidos tudo fazem para ganhar visibilidade junto do eleitorado nos grandes centros urbanos, o presidente da UNITA anda perdido numa campanha porta a porta no interior da Huíla. Ngola Kabangu, no Huambo, atirou a toalha ao chão e disse que a FNLA vai ser o primeiro partido a assumir a derrota e a felicitar os vencedores. Pelo meio foi dizendo que o boletim de voto favorece o MPLA e, por isso, apresentou queixa à Comissão Nacional Eleitoral. Pelo menos Kabangu não confunde jogadores com árbitros. Mas ninguém percebe porque razão está a colaborar com a UNITA para denegrir o processo eleitoral e dar combustível aos habituais detractores de Angola. A campanha dos pequenos partidos está cada vez mais “fria”, embora o PRD esteja feliz com a sua capacidade de mobilização e fale em “formigueiros renovadores” à volta do partido.
O PAJOCA, em vez de assobiar para o lado e esquecer a operação “mãos livres”, insiste em justificar o injustificável e agora vem dizer que David Mendes quis que a Polícia Fiscal fizesse o papel do Banco Nacional de Angola e autorizasse a “transferência”, de mãos livres, ali mesmo no aeroporto. Ridículo. Mas pior é David Mendes ameaçar a Polícia Fiscal e o Jornal de Angola com acções judiciais.