Esta planta já salvou muita gente de morrer à fome sobretudo no México, em anos de seca quando mais nada crescia. Logo por razões lógicas é importante pensar nela para o futuro.
A Opuntia ficus-indica é umas das especies de cactos mais úteis. Originária da América central, hoje está difundida por todo o mundo.
Em Portugal é abundante no Alentejo e Algarve e também na Madeira.
Os frutos são muito saborosos.
As folhas também podem ser comidas, sobretudo as mais jovens e tenras ("nopales" em mexicano), depois de cozidas ou assadas (já comi cruas, sabe a feijão verde, mas com mais baba).
NOTAS - Este texto eu copiei do bushcraft-pt.forumeiro.net/fauna-e-flora-f16/... , quando procurava pelo Google, um cacto que eu, quando criança, conheci e que abundava mesmo pertinho de minha casa no Bungo. Nós lá chamamos piteira e dava uns frutos muito parecidos com os dessa imagem... mas concluo que não é a mesma planta, porque aquela a que me refiro, era um cacto oval interligado, cheio de picos fortes que a natureza criou para defender a colheita dos frutos, os quais, por seu turno também são cobertos por picos invisíveis, macios mas quando agarrados para tirar é um problema. Nós os recolhíamos com pauzinhos e de seguida lançados na areia, cobrindo e sacudindo e então depois sim... libertos dos picos, nós limpávamos com lenço e ali mesmo os saboreávamos, suco imenso avermelhado ligeiramente agri-doce.
Esta imagem, embora não seja exactamente a do cacto a que me refiro, dá, no entanto, uma imagem mais aproximada do que eu conheci, em Angola. Este desenvolve-se mais no deserto do Namibe, e até pode ter as mesmas propriedades. A ideia da apresentação, apenas pretende-se dar uma imagem mais aproximada da realidade.
A própria planta (piteira) deita um suco rameloso que os nativos usam para tratar males de estomago. Quanto aos frutos, comidos ao natural fornecem ao organismo uma auto-defesa que os "boticários nativos - kimbandas" garantem eficazes. No entanto, transformados em xarope, isso posso eu garantir, é um autentico bem milagroso para curar a tuberculose. Esta afirmação convicta baseia-se em factos que eu testemunhei. Testemunhei, porque o caso se passou com uma senhora das relações da minha família. Ela estava tuberculosa e minhas irmãs é que a ajudavam a fazer o xarope. Caso verídico: em 3 meses de tratamento curou... podem acreditar. Carlos Pereira