UM SUSTO PARA RECORDAR
As coisas que me acontecem devem ser senteciadas pelo Diabo. De certeza. Então não querem lá ver o que me aconteceu hoje. Dá para rir... mas eu estive quase a chorar e, confesso, as lágrimas ainda me vieram aos olhos. Eu conto:
Uso uma prótese auditiva - semelhante a essa que está à direita e em baixo desse conjunto ilustrado -, desde os 26 anos devido ao abuso e reabuso de auscultadores a níveis de som altísimos ( 100% em db's - 20.000 ciclos) numa época em que nem sequer havia OM e muito menos FM. Era OC e em que as frequências mais baixas não passavam os 5.000 kilociclos.( 90 metros +/-).
Imaginem por isso que sou um surdo consciente e dominador de todas as tecnologias relacionadas com a prótese mais moderna. Dado o elevado grau que o audiograma determinou, não uso prótese minúscula.. das que se escondem dentro da cavidade da orelha. Uso uma pequena, sim, mas exterior que se coloca por trás da orelha. Bem. Agora que já estão a ver-me de orelha carregada ( ah... a orelha é a do lado direito.. isto é: a esquerda se você estiver olhando-me de frente- Rsss).
Ora bem. Após cumpridas todas as regras de higiene pessoais e de limpeza da dita cuja prótese, testada com OK egocêntrico, vim trabalhar. Na rua um frio do "caraças" com pingadeira "molha tolos". Temperatura: 8º. Na redacção, 22º graus. Diferença terrível para semear constipações. Que se lixe. O pior é que cinco minutos depois, além de ter ganho o máximo de espirros, fiquei, simplesmente, surdo. Completamente. Um susto. Pensei logo em fazer uma avaliação audiológica. Falar com o Dr. Bonifácio (médico otorinolaringologista que me acode quando estou aflito). Uma revelação para mim... perder a audição em fracções de segundo. Testando o funcionamento do aparelho com a ajuda dos colegas, tudo estava ok, funcionando bem. Então, só podia ter sido a perda real da audição. Habiuado a enfrentar situações complicadas, acreditei que tudo se resolveria. Tomei uma série de iniciativas para assegurar o desenvolvimento das minhas obrigações no jornal, desatei a meditar nas causas da desgraça. E tanto meditei (quase rebentava com a mioleira) que acabei por acreditar que havia humidade no canal acústico da "sacana" da prótese. Desmontei e, claro, não soprei... aspirei. (Isso mesmo, se preferem: chupei). Recoloquei tudo no lugar e ahhhhhhhhhhh! Aleluia! Estava vivo outra vez! Porra, foi um susto de todo o tamanho, maior do que aquele que o pai do Waldir Araújo ( da rdp-África) apanhou ontem. O pesadêlo estava ultrapassado. Meu Deus, OBRIGADO!
No parágrafo anterio falei em Waldir Araújo, porque recordei-me de um susto que ele deu ao pai dele, um dia destes e que, curiosamente, ele contou para o "Diário de Notícias", edição de hoje, sexta-feira (onde eu li a estória), quando pretendeu justificar que a literatura ainda não chega a toda a gente através dos blogues. Isto no propósito e seguimento do Correntes d'Escrita/Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que decorre na Póvoa do Varzim (Portugal). Ele contou, com certa ironia, que a certa altura da conversa telefónica que tivera com o pai (que vive na Guiné) informou:" Pai, tenho um blogue". Resposta do pai, aflito com a notícia: "DIz-me que não é malígno, meu filho". Com isto o escritor guineense demonstrou, claramente, que o mundo da blogosfera é completamente estranho no seu país ( ... e não só...) onde, mesmo em Bissau (capital) as falhas de fornecimento de energia eléctrica são frequentes.
Uso uma prótese auditiva - semelhante a essa que está à direita e em baixo desse conjunto ilustrado -, desde os 26 anos devido ao abuso e reabuso de auscultadores a níveis de som altísimos ( 100% em db's - 20.000 ciclos) numa época em que nem sequer havia OM e muito menos FM. Era OC e em que as frequências mais baixas não passavam os 5.000 kilociclos.( 90 metros +/-).
Imaginem por isso que sou um surdo consciente e dominador de todas as tecnologias relacionadas com a prótese mais moderna. Dado o elevado grau que o audiograma determinou, não uso prótese minúscula.. das que se escondem dentro da cavidade da orelha. Uso uma pequena, sim, mas exterior que se coloca por trás da orelha. Bem. Agora que já estão a ver-me de orelha carregada ( ah... a orelha é a do lado direito.. isto é: a esquerda se você estiver olhando-me de frente- Rsss).
Ora bem. Após cumpridas todas as regras de higiene pessoais e de limpeza da dita cuja prótese, testada com OK egocêntrico, vim trabalhar. Na rua um frio do "caraças" com pingadeira "molha tolos". Temperatura: 8º. Na redacção, 22º graus. Diferença terrível para semear constipações. Que se lixe. O pior é que cinco minutos depois, além de ter ganho o máximo de espirros, fiquei, simplesmente, surdo. Completamente. Um susto. Pensei logo em fazer uma avaliação audiológica. Falar com o Dr. Bonifácio (médico otorinolaringologista que me acode quando estou aflito). Uma revelação para mim... perder a audição em fracções de segundo. Testando o funcionamento do aparelho com a ajuda dos colegas, tudo estava ok, funcionando bem. Então, só podia ter sido a perda real da audição. Habiuado a enfrentar situações complicadas, acreditei que tudo se resolveria. Tomei uma série de iniciativas para assegurar o desenvolvimento das minhas obrigações no jornal, desatei a meditar nas causas da desgraça. E tanto meditei (quase rebentava com a mioleira) que acabei por acreditar que havia humidade no canal acústico da "sacana" da prótese. Desmontei e, claro, não soprei... aspirei. (Isso mesmo, se preferem: chupei). Recoloquei tudo no lugar e ahhhhhhhhhhh! Aleluia! Estava vivo outra vez! Porra, foi um susto de todo o tamanho, maior do que aquele que o pai do Waldir Araújo ( da rdp-África) apanhou ontem. O pesadêlo estava ultrapassado. Meu Deus, OBRIGADO!
No parágrafo anterio falei em Waldir Araújo, porque recordei-me de um susto que ele deu ao pai dele, um dia destes e que, curiosamente, ele contou para o "Diário de Notícias", edição de hoje, sexta-feira (onde eu li a estória), quando pretendeu justificar que a literatura ainda não chega a toda a gente através dos blogues. Isto no propósito e seguimento do Correntes d'Escrita/Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que decorre na Póvoa do Varzim (Portugal). Ele contou, com certa ironia, que a certa altura da conversa telefónica que tivera com o pai (que vive na Guiné) informou:" Pai, tenho um blogue". Resposta do pai, aflito com a notícia: "DIz-me que não é malígno, meu filho". Com isto o escritor guineense demonstrou, claramente, que o mundo da blogosfera é completamente estranho no seu país ( ... e não só...) onde, mesmo em Bissau (capital) as falhas de fornecimento de energia eléctrica são frequentes.