domingo, agosto 28, 2005

respigos

MINHA LUANDA
tem praias assim

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A saudade não mata... mas moi que se farta! Nessa praia aí, eu criança, eu adulto, eu maluco pelo Sol, pisei e mergulhei muitas vezes até meus 40 anos. Quase poderia vos dizer quantas conchinhas daquelas pequenininhas - que as ondas decobrem nas areias, levam e trazem envoltas na espuma branca macia e acariciadora -, imergem de lá para a tona da praia.

Nesta imagem (à esquerda) eu recordo tempos idos em que a tradiçao era cultura séria e se respeitavam todos os preconceitos que avivavam confreternizações de índoles várias, desde funerais a aniversários.Image hosted by Photobucket.com
Dança que eu vi, apreciei e - quando trabalhava na Rádio, em Angola - divulguei na minha qualidade de sonoplasta e repórter. Repare-se na posição dos dançarinos. Na posição das mãos, na curva dos corpos e no toque por trás... Aqui (imagem à direita), olhando bem, chega-se facilmente a uma conclusão: o famoso "kuduro", êxito musical da actualidade, tem onde justifique a origem na tradiçao angolana. Esta contemporaneidade é evidente.

Há textos deliciosos - como diz meu amigo Ruk@ - quando me envia um daqueles "deliciosos mesmo" textos que não deixam uma pesoa ficar calado. É assim mesmo. Está descrente? Bem. Por agora leia este respigo de um texto "delicioso" que iriei publicar aqui amanhã, subordinado ao título: OS FUNERAIS DE LUANDA GRANDE ...
Em Luanda agora é assim: as pessoas produzem-se para ir a um funeral, como se fosse uma festa de gala. Se antes o branco e o preto eram as cores para os actos fúnebres, agora, as damas bazam até de vermelho, rosa, amarelo, laranja, quer dizer, só as cores mais "cheguei!" para chamar mesmo a atenção.
Na verdade, os óbitos transformaram-se em locais predilectos para desenvolver uma paquera, na ausência de locais públicos de lazer que proporcionem encontros. Afinal, quem não tem cão, nem gato, caça com rato.