Bruno Alves com um golo aos 47 minutos
dá o «Tetra» ao FC Porto
a passe de cabeça de Lisandro Lopes.
O XXIV título do historial e o XIV nas últimas 20 temporadas - também o "tri" para o treinador Jesualdo Ferreira - foi consumado aos 48 minutos pelo "capitão" portista, após assistência perfeita de Lisandro e na sequência de um canto de Raul Meireles. O quinto golo do central no campeonato fez estoirar a festa no Estádio do Dragão - e na cidade -, permitindo ainda ao FC Porto somar o 21. jogo consecutivo sem perder e a oitava vitória consecutiva. Perante 50.309 espectadores, o FC Porto passou a somar 66 pontos, mais seis do que o Sporting, já detentor do segundo lugar e hoje matematicamente impossibilitado de chegar ao título, face à desvantagem no confronto directo. Já o Nacional, com o resultado de hoje, fica mais longe do terceiro posto, ocupado pelo Benfica: tem agora quatro pontos de desvantagem. O tetracampeonato, o segundo da história "azul-e-branca" (94/99) e o terceiro em Portugal (Sporting 50/54), começou com o treinador holandês Co Adriaanse e foi hoje fechado por Jesualdo, o primeiro técnico português a somar três títulos de forma consecutiva. O Nacional, bem orientado por Manuel Machado, ainda procurou, sobretudo no primeiro tempo, estragar a festa justificada e merecida dos portistas, mas, na segunda parte, a equipa liderada por Jesualdo Ferreira não permitiu qualquer oportunidade à formação insular, que acabou, no entanto, por entregar a custo o título ao Dragão. A festa continuará agora, na visita à Trofa e, depois, na recepção ao Sporting de Braga, no último jogo da temporada. Ainda sem Hulk no "onze", Jesualdo Ferreira manteve a estratégia habitual em "4-3-3", com Helton na baliza, uma defesa com Fucile, Bruno Alves, Rolando e Cissokho, deixando Fernando, Raul Meireles e Tomás Costa no meio-campo, no apoio a Mariano Gonzalez, Cristian Rodriguez e Lisandro Lopez. O Nacional apresentou-se em "4-4-2", com Mateus e Nené na frente e à frente dos médios Cléber, Luís Alberto, Leandro Salino e Ruben Micael. Bracalli surgiu na baliza, atrás de Patacas, Maicon, Felipe Lopes e Alonso. Com uma boa oportunidade logo aos quatro minutos, através de Lisandro, o FC Porto partiu para uma boa exibição, embora Nené, aos seis, e Luís Alberto, aos 11, tenham ameaçado o ascendente portista. Aos 12 minutos, Lisandro voltou a surgir na área em boa posição, valendo então Maicon, e, aos 16, Bruno Alves atirou por cima, na marcação de um livre. Pouco depois, Nené, melhor marcador do campeonato, com 19 golos, obrigou Helton a defesa apertada e, aos 28 minutos, o FC Porto queixou-se, com razão, de uma grande penalidade cometida por Alonso, por mão na bola. Com o decorrer da partida, o Nacional remeteu-se à defesa, com o FC Porto a tentar, sem eficácia, todas as formas para chegar ao golo. Empatado ao intervalo, Jesualdo Ferreira chamou Ernesto Farias, tirou Tomás Costa e festejou logo de seguida: aos 48 minutos, Raul Meireles marcou um canto da direita, Lisandro Lopez, ao segundo poste, assistiu Bruno Alves e este, livre de marcação, cabeceou sem hipóteses para Bracalli. Feito o primeiro golo e cada vez mais próximo do "tetra", o FC Porto diminuiu então na dose de investidas atacantes, aproveitando o Nacional para "mexer" no jogo, com as entradas de João Aurélio e Fabiano, em detrimento de Ruben Micael e Luís Alberto. Ainda assim, Raul Meireles tentou o segundo, aos 63 minutos, num remate de fora da área, tal como Ernesto Farias, aos 83, e numa altura que o Nacional parecia já ter entregue o jogo ao campeão português - Fonte: RTP