A FORÇA DO FUTEBOL
O futebol é o ópio do povo! Alguém o disse e certo esteve quando o disse - há quanto tempo isso aconteceu. Nem sequer me atrevo a avaliar quandos milhões de pessoas, gente de todo o Mundo e de todas as classes, estão subjugados ao desenvolvimento do Campeonato do Mundo que está a decorrer em várias cidades germânicas. Nos cinco Continentes há gente perdida de amores pelas cores das suas selecções ali representadas e, ao memso tempo, sem quebras de entusiasmo, permanecem atentos ao evento.
Mesmo que as selecções preferidas estejam já eliminadas da prova.
Este introito ao postde hoje, serve para justificar o quanto o futebol é tão importante numa época em que a política dos governos pode ser posta em causa, ou, por outro lado poderá servir para desviar atenções de assuntos que, há um mês, eram tidos como prioritários. Onde? Por esse Mundo de lés-a-lés!
Com a vénia devida e sem reservas, repasso, textualmete, o comentário de Carlos Alberto Fernandes, Editor-Coordenador da Redacção em Lisboa do jornal O JOGO. Uma clara demonstração de análise profunda ao âmago do fenómeno futebol.
Tudo bem
O futebol é tão importante que pode determinar o futuro político no México, como na Alemanha ou em França. No Brasil, se A Copa não acompanhar o regresso da equipa a casa, o país entra numa espécie de catatonia. E pode até mudar de presidente
A questão é pacífica para boa parte dos líderes mundiais. A realização de uma prova com o impacto social do Campeonato do Mundo tem repercussões no comportamento, no estado de espírito e no humor dos cidadãos. Uma ameaça num contexto de proximidade com eleições, ou um instrumento a utilizar com sabedoria. Consta, por exemplo, que no partido no poder no México (Partido de de Acção Nacional) se roem unhas para que os aztecas consigam um desempenho digno e reconfortante para um eleitorado que vais às urnas no dia 2 de Julho. Caso contrário, a escassa margem de avanço indicada pelas sondagens pode evaporar-se.
No Brasil, muitos analistas políticos consideram que os 40 por cento das intenções de voto em Lula da Silva, indicados pelas sondagens, se podem dissipar muito rapidamente, bastando um falhanço na corrida ao hexa, o verdadeiro ouro da nação do futebol. Ou seja, se a Copa não acompanhar o regresso da equipa, o país entra em depressão psicológica, numa espécie de catatonia. E em Outubro, o povo poderia optar pela mudança...de presidente. Curiosamente, há duas semanas, o presidente brasileiro foi desastrado numa provocação a Ronaldo, por vídeoconferência e colocou-se a jeito...
Esta alteração dos estados de alma por efeito do futebol não é um exclusivo dos países latino-americanos. Na Alemanha, às sete presenças da Mannschaft em finais do Campeonato do Mundo sucederam outras tantas reeleições de chanceleres. Pode ser uma coincidência, de facto.
Se Ahmadinejad não teve a oportunidade de dar nas vistas, já, na Austrália, John Howard exultou publicamente com a magnífica exibição frente ao Brasil. Em França, Dominique de Villepin fez esta semana um eloquente repto aos franceses para não deixarem de acreditar nos Bleus, lembrando glórias recentes e assegurando a qualidade dos gauleses. A discussão do apuramento com o Togo é uma questão nacional. Bill Shankly tinha razão.
O Mundial não é apenas futebol, é um assunto sério da política mundial, que também não poderia faltar na agenda dos deputados do hemiciclo português. O povo está sereno. Nós por cá, tudo bem.
Mesmo que as selecções preferidas estejam já eliminadas da prova.
Este introito ao postde hoje, serve para justificar o quanto o futebol é tão importante numa época em que a política dos governos pode ser posta em causa, ou, por outro lado poderá servir para desviar atenções de assuntos que, há um mês, eram tidos como prioritários. Onde? Por esse Mundo de lés-a-lés!
Com a vénia devida e sem reservas, repasso, textualmete, o comentário de Carlos Alberto Fernandes, Editor-Coordenador da Redacção em Lisboa do jornal O JOGO. Uma clara demonstração de análise profunda ao âmago do fenómeno futebol.
Tudo bem
O futebol é tão importante que pode determinar o futuro político no México, como na Alemanha ou em França. No Brasil, se A Copa não acompanhar o regresso da equipa a casa, o país entra numa espécie de catatonia. E pode até mudar de presidente
A questão é pacífica para boa parte dos líderes mundiais. A realização de uma prova com o impacto social do Campeonato do Mundo tem repercussões no comportamento, no estado de espírito e no humor dos cidadãos. Uma ameaça num contexto de proximidade com eleições, ou um instrumento a utilizar com sabedoria. Consta, por exemplo, que no partido no poder no México (Partido de de Acção Nacional) se roem unhas para que os aztecas consigam um desempenho digno e reconfortante para um eleitorado que vais às urnas no dia 2 de Julho. Caso contrário, a escassa margem de avanço indicada pelas sondagens pode evaporar-se.
No Brasil, muitos analistas políticos consideram que os 40 por cento das intenções de voto em Lula da Silva, indicados pelas sondagens, se podem dissipar muito rapidamente, bastando um falhanço na corrida ao hexa, o verdadeiro ouro da nação do futebol. Ou seja, se a Copa não acompanhar o regresso da equipa, o país entra em depressão psicológica, numa espécie de catatonia. E em Outubro, o povo poderia optar pela mudança...de presidente. Curiosamente, há duas semanas, o presidente brasileiro foi desastrado numa provocação a Ronaldo, por vídeoconferência e colocou-se a jeito...
Esta alteração dos estados de alma por efeito do futebol não é um exclusivo dos países latino-americanos. Na Alemanha, às sete presenças da Mannschaft em finais do Campeonato do Mundo sucederam outras tantas reeleições de chanceleres. Pode ser uma coincidência, de facto.
Se Ahmadinejad não teve a oportunidade de dar nas vistas, já, na Austrália, John Howard exultou publicamente com a magnífica exibição frente ao Brasil. Em França, Dominique de Villepin fez esta semana um eloquente repto aos franceses para não deixarem de acreditar nos Bleus, lembrando glórias recentes e assegurando a qualidade dos gauleses. A discussão do apuramento com o Togo é uma questão nacional. Bill Shankly tinha razão.
O Mundial não é apenas futebol, é um assunto sério da política mundial, que também não poderia faltar na agenda dos deputados do hemiciclo português. O povo está sereno. Nós por cá, tudo bem.