EU NASCI SEM SABER NADA
e aos poucos aprendi algumas coisas
e aos poucos aprendi algumas coisas
Quando nasci ninguém me disse o que eu deveria ser na vida e se alguma vez teria oportunidade de optar por o que mais me agradasse.
Resultado: eu, pobre filho de Deus e de José e Lúcia -, dois portugueses (de Tomar e Lisboa, respectivamente) que resolveram, um dia, ultrapassar o Equador e aportar em Angola, na Costa Ocidental de África, hoje, 76 anos volvidos, sou jornalista (desde 1949) e não ganho para viver a vida que eu gostaria de viver. Mas como sou filho de Deus, vivo com o pouco que ganho, vou conseguindo, aos poucos, diminuir dívidas e, com a achega da cara-metade ainda vai dando para, pelo menos, nas minhas folgas (segundas e terças) deliciar-me com uma geladinha Super Bock a acompanhar umas sardinhas temperadas e assadas por mim, que se embrulham tão bem com a saladinha apimentada na grelha, com tomate, alface e cebola... E como eu também me sinto com direito a saciar minhas manias e de ser obediente aos saberes do povo, sigo rigorosamente o conceito popular de que os olhos são os primeiros a comer, não fujo à tendência e pimba são pimentos de três cores: verde, vermelho e amarelo... Bem bom!
Depois, antes de me determinar a dormir, ainda consigo ter forças e lucidez para suportar os chatíssimos canais de publicidade que a TV impinge nos intervalos de filmes, para ver uma boa produção que, normalmente, aqui em Portugal, são programados para depois da meia-noite
[Lilith: drama psicológico de Robert Rossen, que nos conta uma estória dramática de um terapeuta que se deixa influenciar por uma consulente afectada por problemas psíquicos). Filmes que despertampelo conteúdo da ficha técnica, onde nomes de grandes realizadores ou intérpretes nos garantem lazer garantido e nunca o tempo foi perdido, a justificar a paciência que nos suborna à vontade de não ver a publicidade, fechar os olhos por 30 minutos, revivendo os aspectos do enredo ou de outros pormenores que ressaltam e nos dominaram: um gesto mímico, uma frase, uma tonalidade de luz, contraste ou uma voz doce que amacia a dureza da estória.
Quando acaba, ao fim de dois ou três intervalos chatíssimos de publicidade, e o The End aparece, o adiantado da hora nunca antes de três da matina convida ao relaxamento total. O pior é quando ficamos a martelar no que vimos... e disso apreendemos algo que não nos deixa dormir de imediato e nos convida antes a tomar outra Super Bock para iluminar a mente e combater o stress. Uma porra! Querer dormir, esgotado e não deixar de ver imagens ... é mesmo uma porra! Podem crer.
Resultado: eu, pobre filho de Deus e de José e Lúcia -, dois portugueses (de Tomar e Lisboa, respectivamente) que resolveram, um dia, ultrapassar o Equador e aportar em Angola, na Costa Ocidental de África, hoje, 76 anos volvidos, sou jornalista (desde 1949) e não ganho para viver a vida que eu gostaria de viver. Mas como sou filho de Deus, vivo com o pouco que ganho, vou conseguindo, aos poucos, diminuir dívidas e, com a achega da cara-metade ainda vai dando para, pelo menos, nas minhas folgas (segundas e terças) deliciar-me com uma geladinha Super Bock a acompanhar umas sardinhas temperadas e assadas por mim, que se embrulham tão bem com a saladinha apimentada na grelha, com tomate, alface e cebola... E como eu também me sinto com direito a saciar minhas manias e de ser obediente aos saberes do povo, sigo rigorosamente o conceito popular de que os olhos são os primeiros a comer, não fujo à tendência e pimba são pimentos de três cores: verde, vermelho e amarelo... Bem bom!
Depois, antes de me determinar a dormir, ainda consigo ter forças e lucidez para suportar os chatíssimos canais de publicidade que a TV impinge nos intervalos de filmes, para ver uma boa produção que, normalmente, aqui em Portugal, são programados para depois da meia-noite
[Lilith: drama psicológico de Robert Rossen, que nos conta uma estória dramática de um terapeuta que se deixa influenciar por uma consulente afectada por problemas psíquicos). Filmes que despertampelo conteúdo da ficha técnica, onde nomes de grandes realizadores ou intérpretes nos garantem lazer garantido e nunca o tempo foi perdido, a justificar a paciência que nos suborna à vontade de não ver a publicidade, fechar os olhos por 30 minutos, revivendo os aspectos do enredo ou de outros pormenores que ressaltam e nos dominaram: um gesto mímico, uma frase, uma tonalidade de luz, contraste ou uma voz doce que amacia a dureza da estória.
Quando acaba, ao fim de dois ou três intervalos chatíssimos de publicidade, e o The End aparece, o adiantado da hora nunca antes de três da matina convida ao relaxamento total. O pior é quando ficamos a martelar no que vimos... e disso apreendemos algo que não nos deixa dormir de imediato e nos convida antes a tomar outra Super Bock para iluminar a mente e combater o stress. Uma porra! Querer dormir, esgotado e não deixar de ver imagens ... é mesmo uma porra! Podem crer.