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PARA “PALANCAS NEGRAS”
Hoje, meus amigos, sem querer meter a mão em ceara alheia, volto a dar a minha opinião quanto ao que eu considero ser assunto muito sério para o futebol de Angola, por que realidades recentes obrigam-nos a pensar como País que já marcou presença num Mundial de Futebol, ganhou a candidatura do CAN’2010 e, pelo que alguns jogadores angolanos brilham em equipas do futebol de alta roda do futebol internacional.
Sem pretensão de retórica, apenas vou me referir ao que me parece ser oportuno analisar, do lado de cá do Equador, e a propósito de uma notícia que o jornal “Record” publicou ontem, onde se afirma que o presidente da Federação Angolana, o dr. Justino Fernandes, teria contactado o treinador do Inter José Mourinho, para recolher a sua opinião quanto a nomes de treinadores que, eventualmente, possam servir para assumirem-se como seleccionado de Angola. Eu, sinceramente, não acredito na noticia do referido jornal. Com a sua vasta gama de conhecimentos do futebol africano e mundial, o Justino Fernandes, embora possa ter afinidades com o “il specialle” não ia cair no ridículo de o consultar novamente, depois de há dois anos o Mourinho não ter aceite ser o consultor técnico da Federação Angolana.
E já que vem talhe de foice, embora eu já tenha abordado este mesmo assunto em crónica anterior, vou reiterar a minha opinião. Os nomes que ressaltam como mais indicados para o lugar de Oliveira Gonçalves, são os de Manuel José e Zico. Difíceis, realmente, mas seria de tudo se tentar pelas garantias que oferecem, ante os compromissos que se avizinham para os “Palancas Negras”. Manuel José que eu considero “o Mourinho de África” é um homem humilde que de adapta facilmente aos ambientes de trabalho, gosta de desafios e, no caso, o Mundial da África do Sul e a Can’2010 a decorrer precisamente em Angola, poderão ser aliciantes para enriquecer o seu já famoso currículo. De fortes convicções como Manuel José... poderia ser que aceitasse negociar. A questão primeira seria, talvez, os valores a colocar na mesa de negociações. Quanto ao Zico, o brasileiro que está em terras de frio de raxar, de bater o dente... certamente iria pensar duas vezes em estar num país onde o calorzinho ajuda. É o homem que fala a mesma língua e que tem um vasto currículo internacional fóra do Brasil a merecer análise.
Que a decisão, a não serem possíveis estas sugestões que me atrevo apontar, que sejam outras, mas que nunca recaiam em escolhas domésticas, sejam elas angolanas ou não.
