quarta-feira, outubro 15, 2008

Apito
dourado


PRESIDENTE DO FC PORTO
não vai a julgamento
  • PINTO DA COSTA não participou directamente
    nas escutas telefónicas
    e as que referem o seu nome
    não são inequívocas

Fonte: Jornal O JOGO

A decisão apenas vai ser conhecida na próxima terça-feira, mas caso o processo Apito Dourado referente ao jogo Nacional-Benfica chegue a julgamento, será muito pouco provável que entre os arguidos seja pronunciado Pinto da Costa, depois do debate instrutório de ontem, no Tribunal de Gondomar. É que, logo a abrir, o representante do Ministério Público (MP) referiu a existência de dúvidas relativas à participação do presidente do FC Porto - acusado de corrupção desportiva activa -, o qual "não participou directamente nas escutas telefónicas e as que referem o seu nome não são inequívocas". Daí ter deixado ao critério do tribunal a referida pronúncia, ao contrário do sucedido em relação ao empresário António Araújo, ao árbitro Augusto Duarte, que dirigiu o já referido jogo, e ao presidente do Nacional, Rui Alves, já que, adiantou Gonçalo Silva, "cremos que existem indícios de probabilidade razoável para condenação em julgamento". De acordo com a acusação, baseada em escutas telefónicas, António Araújo, supostamente a mando de Pinto da Costa, terá contactado Augusto Duarte para prejudicar o Benfica no jogo com o Nacional, que este acabaria por vencer, por 3-2, em Fevereiro de 2004, e sem casos polémicos. Na altura, o FC Porto levava nove pontos de vantagem sobre o Benfica.
A defesa do árbitro, para além de defender a "inconstitucionalidade das escutas telefónicas", considerou que a acusação se baseia em "situações ficcionadas". De igual modo, as defesas de Rui Alves e de António Araújo insistiram na insuficiência de provas para que os seus constituintes possam ser acusados de ilícitos. No próximo dia 21, às 13h30, ficar-se-á a conhecer a decisão do juiz Pedro Miguel Vieira sobre este processo.