quarta-feira, outubro 08, 2008

Repassando

Scotland Yard em crise

Tradução: Pepe Chaves



A Scotland Yard é uma das mais prestigiosas polícias do mundo. Seus efetivos não contam com nenhuma arma de fogo nas ruas e se gabam por ter conseguido que Londres seja uma das metrópoles com menos disparos no mundo.

No entanto, a Polícia Metropolitana de Londres passa por uma de suas piores crises, criada após o dia 22 de julho de 2005, quando esta polícia se equivocou ao assassinar a queima-roupa o brasileiro Jean Menezes, pensando que fosse um terrorista.

A cada julgamento que se deu sobre esse caso deixou em maus lençóis a dita força policial, porém, no dia 22/09 se abriu o maior processo de todos. Na quinta-feira o comissário Sir Ian Blair renunciou (coisa que não tinha se passado antes com nenhum chefe da Polícia Metropolitana em 90 anos) e depois a associação das polícias decretou um boicote a sua própria força chamando a todos os possíveis recrutas que vinham de minorias étnicas a não entrar para a corporação.

O novo prefeito pediu uma investigação a fundo sobre o racismo dentro da polícia. Faz 10 anos um reporte oficial sugere reformar o que chamou de uma força ‘institucionalmente racista’.

Menezes, um irregular imigrante latino-americano que foi morto ao ser confundido com uma bomba humana, terminou se convertendo numa bomba social.