sexta-feira, setembro 04, 2009

CAN'2010

REENCNTRO COM SENEGAL
recordam TAMALE'2008

(Dos enviados especiais da ANGOP) – Um ano e oito meses depois do último encontro entre as selecções de futebol de Angola e do Senegal a mesma questão volta a colocar-se sobre quem sairá melhor, embora a formação adversária esteja apenas com três “sobreviventes” do CAN'2008, disputado no Ghana, onde os Palancas Negras foram superiores (3-1), com grande inspiração de Manucho Gonçalves.

Agora em outro cenário e competição, fora do sério, mas insuficiente para afastar a sombra que encobre a fúria senegalesa, as mesmas formações voltam a medir forças, desta vez em jogo de carácter particular, preparatório para ambos os conjuntos na rota do CAN''2010 e também Mundial.

Da equipa que sucumbiu na fase de grupos do Campeonato Africano das Nações (CAN), com sede em Tamale (Ghana), a 27 de Janeiro de 2008, Modou Sougou (União de Leiria/Portugal), Bayal Sall (Saint-Etienne/França) e Mamadou Niang (Marselha/França) ainda guardam os momentos em que estrelas como Diouf, Henri Camará e Abdoulaye Faye foram “apagadas” pela magia e tarde sensacional de Manucho, autor de dois golos, e Flávio Amado, sem esquecer a exibição do guarda-redes Lamá.

Neste momento em remodelação absoluta, em face do afastamento dos veteranos e até então “vedetas” senegaleses, o adversário dos Palancas Negras neste sábado, no Estádio do Algarve, em Portugal, traz um conjunto mais organizado e humilde, no qual despontam, como principais figuras, os atacantes Niang, de 29 anos, Demba Ba, de 24, este último alinha nos alemães do Hoffeinheim.

Enquanto a selecção angolana, treinada por Manuel José, tem a sua base no campeonato interno (Girabola), a senegalesa aposta em futebolistas oriundos de clubes europeus das ligas francesa (13), germânica (2), norueguesa (2), portuguesa (2) e apenas dois de “casa”.

A diversidade de movimentos dos jogadores que compõem o quadrado do Senegal para este amistoso com Angola só é possível graças à dispersão “geográfica” do seu futebol e procura agora aproveitar os seleccionáveis para formar um conjunto de facto. E a prova disso foi demonstrada com a chegada ao mesmo tempo dos atletas chamados, coisa que raramente sucedia na era Diouf e companhia, onde reinava a desordem na concentração.

Com a nova filosofia de pensar o futebol para os próximos tempos, os senegaleses querem, inclusive, esquecer que ainda terão pela frente os principais responsáveis pela sua “desgraça” em Tamale, pois entre os eleitos de Manuel José estão seis titulares do CAN passado (Lamá, Kaly, Makanga, Gilberto, Flávio e Manucho).

Se a derrota (1-3) em Tamale ainda continua na mante dos senegaleses, outra não menos importante no primeiro desafio entre si (3-4, aos penaltes), está longe de ser digerida, já que esta tirou-os do caminho do Mundial86, no México, quando registaram ambas as selecções resultados equiparados nas duas mãos: 1-0, em Luanda, a 01 de Julho de 1986, com golo de Ivo para Angola, e em Dakar, no dia 15 do mesmo mês e ano, Seye, igualou a eliminatória, sendo decidida na “lotaria” dos penaltes.

Eis os convocados do Senegal: Cheikh Ndiaye (Rennes/França), Pape Laye Coulibaly (Saint-Etienne/França), Mouhamed A. Sarr (Standard de Liège/Bélgica), Kader Mangane (Rennes/França), Bayal Sall (St-Etienne/França), Papa Malickou Diakhaté (Dynamo de Kiev/Ucrânia), Mikael Tavarez (Hamburgo/Alemanha), El H. Matar Thioune (FC Molde/ Noruega), Rémy Gomis (Valenciennes/França), Moustapha Diallo (Guingamp/França), Issiar Dia (Nancy/França), Moussa Sow (Rennes/França), Pape Demba Cissé (FC Metz/ França), Mouhamadou Coly (HLM/Senegal), Demba Bâ (Hoffenheim/Alemanha), Mame Birame Diouf (FC Molde/Noruega), Papa Babacar Diawara (Madeira/Portugal), Mamadou Bâ (Diaraf/Senegal), Jacques Faty (Sochaux/França), Ndiaye Dème Ndiaye (Arles-Avignon/França), Mamadou Niang (Marselha/França), Modou Sougou (União de Leiria/ Portugal) e Souleymane Diawara (Marselha/França).