quinta-feira, julho 27, 2006

Manuel Alegre (I)


A POLÍTICA QUE ...
NÃO ME SERVE...

Sou político implícito e escuso-me por não querer envolver-me em problemas que não domino - nem quero dominar - mas, que me despertam curiosidade e incentivam-me a uma ou outra infiltração nos meandros tenebrosos que encenam a política dos políticos (conceituação erudita pela ciência do poder) que a tornam num mundo de equívocos, ambições desastrosas, etc., etc.
Tudo quanto afirmei aqui tem a ver com o que me deixou completamente triste e frustrado. Manuel Alegre, um nome que eu respeito com o qual me auto-comprometi seriamente há muitos anos, desde que soube da sua passagem pelas cadeias da PIDE, em Luanda, seu apoio ao General Humberto Delgado (meu Pai falou-me nisso) exílio em Argel, e, mais recentemente, até votei pela sua presidência nas últimas eleições realizadas, aqui, em Portugal.
Esta semana vieram a público notícias vinculadas pela imprensa lisboeta, afirmando que Manuel Alegre após seu regresso a Portugal havia aceitado ser um dos colaboradores na Rádiodifusão Portuguesa (RDP), com desempenho directo na produção, num lugar destacado no organigrama, cargo que desempenhou (...?) durante três meses. Tempo suficiente para agora, volvidos tantos anos - quando MA, deputado, é vice-presidente da Assembleia da República -, aceitou uma reforma de mais de 3.000 euros....
Que pensar? Eu fiquei triste, muito triste. Hoje, no entanto, porque outras obrigações profissionais me chamam, já não posso concluir este meu desabafo. Amanhã, concluirei. Até lá.