ÚLTIMA HORA
AVIÃO DA TAAG
DESPENHOU-SE EM M'BANZA CONGO
- C.Pereira c/ANGOP
M`banza Congo (Norte de Angola), 28/06 - Um avião do tipo Boeing 737, com a matrícula TBP-D2, das linhas aéreas angolanas Taag, que fazia o percurso Luanda/ M`banza Congo/ Negage/ Luanda, despenhou-se hoje na cidade de M`banza Congo, constatou a Angop no local. O avião, que transportava 78 passageiros, embateu ao princípio da tarde de hoje, quinta-feira, numa casa, após a equipa de pilotos ter tentado uma aterragem de emergência. O aparelho iniciou a sua aterragem no meio da pista tendo os pilotos perdido o seu controle indo embater contra uma residência que ficou totalmente destruída. Entre as vítimas mortais figuram Manuel Cristóvão "Paciência", administrador municipal de M` banza Congo e o padre superior da Igreja Católica, George Zulanelo, de nacionalidade italiana. Os feridos, cujo número ainda não foi determinado, encontram-se em estado grave, estando a receber assistência médico medicamentosa no Hospital Central do Zaire. As causas do acidente ainda estão por averiguar.- ANGOP
Não há portugueses entre vítimas de acidente aéreo
DIÁRIO DIGITAL-LUSA
O director do hospital provincial de Nbanza Congo disse hoje à Agência Lusa que não há portugueses entre os passageiros do avião que caiu no aeroporto da cidade, província do Zaire, ao tentar uma aterragem de emergência.
Contactado telefonicamente a partir de Luanda, Domingos Silva afirmou que o único estrangeiro entre os passageiros era o padre católico italiano George Zulanelo, uma das seis vítimas mortais.
Em Lisboa, a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas disse também à Lusa que, em princípio não há portugueses envolvidos no acidente, embora a informação não seja definitiva, podendo ser alterada face a novos dados.
Domingos Silva referiu ainda à Lusa que deram entrada no hospital de Mbanza Congo 66 feridos, oito dos quais foram já transferidos para Luanda, dada a gravidade do seu estado.
«Destas oito pessoas, cinco estão em estado mais grave, tendo sofrido traumatismos cranianos. Os outros três têm fracturas múltiplas», acrescentou Domingos da Silva, esclarecendo que o hospital provincial tem condições para tratar os restantes 58 feridos do acidente com o Boeing 737 da TAAG.
Lembro-me que a TAAG comprou, recentemente, à Boeing, cinco dos últimos modelos de aviões e que, na ocasião, os técnios americanos consideram que a companhia aérea angolana era uma das que mais segurança ofereciam, dada a assistência dada na pela própria Boeing. e, também, pela especialização que é ministrada nos Estados Unidos, aos pilotos e técnicos da companhia angolana. Isto, quando circulam notícias que tendem denegrir as capacidades da TAAG, afirmando-se que está proibida de voar em espaço europeu. Notícias prematuras que visam, principalmente, afectar as companhias aéreas africanas. Há, de facto, uma recomendação de um grupo de peritos, mas nada está resolvido. Eu, como angolano, que me lembre, a TAAG é das companhias mundiais que menos desastres tem registado desde a sua existência. Que me lembre apenas com um Antonov militar e, no tempo da Angola - colónia portuguesa - dois, com Dakotas, no Lobito, contra um morro... e, outro, o Friendship, quando se fazia à pista no Lobito. Em 30 anos de independência de Angola, um desastre, parece-me não ser nada de mais. Lamento, mesmo assim que seja um... o que é muito se atentarmos com respeito e veneração pelas vidas que sucubiram no acidente. Os meus pêsames a quantos sofrem estas perdas. - Carlos Pereira.