Texto: Sambinha N’Kono
Fotos: Ags DN
TOULON é uma cidade francesa com mais de 570 mil habitantes. É também um dos principais portos do Mar Mediterrâneo, mas a verdade é que não é isso que a faz figurar em todos os mapas. É que, por exemplo, não vem no atlas que está à disposição dos “grandes” do futebol português.
Em Toulon, precisamente, realiza-se há mais de três décadas um dos maiores torneios mundiais de futebol jovem, para jogadores com menos de 20 anos de idade (sub-20). Este ano, como quase sempre acontece, Portugal é uma das selecções participantes, tal como França, China, Costa do Marfim, Inglaterra ou Holanda, entre outras. Nos relvados alinham por certo algumas das futuras estrelas do futebol mundial, como aconteceu em 2003, em que brilhou Cristiano Ronaldo, então quase desconhecido na Europa e no Mundo.
Precisamente por isso, para tentarem farejar estes autênticos tesouros ainda por descobrir, estão em Toulon “olheiros” dos principais clubes europeus, à procura das tais pérolas que transformam meia-dúzia de tostões em graúdos milhões. Estão presentes os maiores clubes da Europa. Todos, ou quase todos. Barcelona, Real Madrid, Sevilha (Espanha), Lyon, Paris St. Germain, Marselha (França); Juventus, Milan (Itália), Chelsea, Manchester United, Arsenal, Liverpool (Inglaterra), Bayern de Munique ou Estugarda (Alemanha). Todos lá estão. Até da Roménia estão o Steaua e o Dínamo de Bucareste, da Holanda o Ajax e da Bélgica o Anderlecht. E de Portugal? Quais os clubes portugueses presentes? Apenas um e, estranhamente, recém-promovido à Liga principal. Adivinharam, é o Vitória de Guimarães. E os grandes? Onde andam Benfica, Sporting e FC Porto? Não têm “olheiros” ou estes marcaram férias para uma altura menos indicada? É que, de crise não podem falar, pelo menos leões e dragões, com os bolsos a transbordar de dinheirinho fresco proveniente dos patrões de Carlos Queiroz, que fez tudo para ter Anderson e Nani no (e conseguiu) Manchester United.