quinta-feira, julho 07, 2005

devaneio

Se é certo que durante cinco dias de lufa-lufas, rebeldia-rebeldias, incansáveis no desopilar dos acontecimentos, que nos obrigam a rodopiar por tudo quanto é espaço cibernético, tudo quanto a nossa lista telefónica nos recomenda para saber de coisas das coisas que podem ou não ser verdade hoje para amanhã já o não serem...

... não é menos certo que, depois de cinco dias por semana estarem consumados, choramos por nos deixarmos apanhar por Morpheu... desejosos de fuga do inferno para a entrada num Céu onde os sonhos nos podessem levar às paisagens longinquas do Mussulo, de Copacabana, de Acapulco ou já nem sei onde gostaria de ir dar um mergulho imaginário e retemperador e, claro, olhar, olhar e apenas olhar...

... e, no fim, o que acontece? QUE VEJO EU? Nada do que seria bom. Imagens loucas que vi algures, e não lembro, amêndoas folhas perdidas... em ponto grande que existem proque as encontrei de novo AQUI. Nada serviu que ajudasse a reolver nossos problemas. Nada capaz de revitalizar forças e reencontrar o acéfalo stress, para somar mais outra e outra semana de trabalho tempestivo. Nada que eu gostasse que acontecesse. Olhei o teto borolento de meu quarto. Procurei entender o "raciocínio das baratas" que aparecem na cozinha fugindo da luz e de aproximação do meu chinelo, fiquei a saber que meu mais recente neto - parido há uma semana por minha filha caçula -, vai se chamar Ricardo Leandro em vez de levar nome do avô que é tão lindo, chupei um gelado com rótulo de sabor a manga e que soube a nada, falei sozinho como um maluco em pleno deserto e que mais andei eu a fazer? Há! Pensei na crise vergonhosa que afecta o país e nos "lapsos" (???!!!...) do orçameto geral do Estado e nas justificações dos políticos (quero que os políticos se fodam) e, por fim, quando ainda mais cansado do que se estivesse no inferno, resolvido a disfrutar de aconchego feminino, aconchei a mão auscultando ruidos estranhos, semelhantes a falas doces que convidam ao conforto moral, e não entendi os convites que me eram endereçados. Alguém me chamava para ir trabalhar... Porra é demais...

DESCULPA! NÃO POSSO... ESTOU CANSADO, PRECISO DE DESCANSO... VOU TRABALHAR.