quinta-feira, julho 07, 2005

Segregacionismo

TRAGÉDIA EM LONDRES
- imagens da EFE | GLOBO ON-LINE






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Que ninguém diga "desta água não beberei". Vivemos época que transborda de revoltados. Uns com razões para o serem, outros por serem segregacionistas.
Para quem viveu já situações onde deparou com "montes" de cadáveres de inocentes vitimados por ataques cobardes desta natureza ou, simplemente, de outras naturezas (guerrilhas ou lutas pela liberdade dos povos), respira fundo, já não chora, fecha os olhos e queda-se pensativo. Sente-se pequeno e ajeita-se, primeiro, revoltado e, depois, conformado com a realidade pela dimensão dos actos com que se confrontou.
O que aconteceu em Londres, triste é certo, faz parte de lutas estranhas que desconheço, mas sei e afirmo sem receio de estar errado, que não deu ao povo britânico - que consentiu que o seu governo mandasse o exército britânico (terra e ar) invadir terras alheias e matar milhares de iraquianos (homens, mulheres e crianças) em conivência criminosa com os EUA, sob pretextos, talvez, bem menos razoáveis do que aqueles de determinaram este ataque na capital britânica, repito, não eu ao povo britânico a mais pequena ideia do sofrimento causado ao povo iraquiano.




QUANTOS INOCENTES TERIAM MORRIDO - SÓ NUM MINTUTO - E QUANTOS SERES AINDA HOJE SOFREM AS CONSEQUÊNCIAS DESTA AGRESSÃO TRAIÇOEIRA? QUANTOS MILHARES DE DÓLARES OU DE LIBRAS SERÃO PRECISOS PARA (IR) RECUPERAR OS VALORES CULTURAIS INTERNACIONAIS DESTRUIDOS NO IRAQUE?

COACÇÃO "Made in USA"


Jornalista encarcerada
nos EUA

José Meirelles Passos
Correspondente em WASHINGTON | GLOBO


A liberdade de imprensa nos Estados Unidos da América, exaltada orgulhosamente há séculos pelos americanos, sofreu um duro golpe ontem: um juiz federal, em Washington, mandou uma repórter para a cadeia pelo fato de ela manter uma promessa feita a uma fonte de informação. Judith Miller, do jornal The New York Times, insistiu em não revelar à Justiça o nome de uma pessoa que lhe passara uma informação confidencial, num caso que envolve a identificação de uma espiã da CIA, a Agência Central de Inteligência, feita por altos funcionários do atual governo. Por isso ela ficará atrás das grades até o próximo dia 28 de outubro. A senhora tem em suas mãos as chaves de sua própria cela disse-lhe o juiz, ressaltando que a prisão não seria uma punição e sim uma forma de tentar coagi-la a mudar de idéia. No dia em que decidir acatar a determinação judicial, antes de 28 de outubro, a repórter será libertada. Ela, no entanto, garantiu que continuará honrando o seu compromisso com a sua fonte. Assim que o juiz Thomas Hogan lembrou à jornalista, ontem à tarde, que aquela era a última chance que ela tinha para entregar a sua fonte sigilosa, Miller, visivelmente nervosa, levantou-se e, lendo uma nota que escrevera, disse: Se jornalistas não podem ser confiáveis para garantir confidencialidade, então os jornalistas não podem funcionar como devem e não poderá haver imprensa livre. O direito da desobediência civil está baseado na consciência pessoal, é fundamental ao nosso sistema e tem sido honrado através de nossa História.