SEGURANÇA NAS ESCOLAS
a importância de um facto
que vitimou dois jovens
vulgarizado na imprensa lisboeta Meus amigos, hoje, finalmente, meu filho foi transferido para os cuidados intensivos do Hospital do Desterro (Lisboa) e já foi submetido a exames para determinar o estado do rim afectado. Novidades, nenhumas, embora eu me tivesse apercebido de que o rim não está famosodado que a micção é difícil e apresenta muitos coágulos. No entanto, gostei de o ver mais animado, mais bem-disposto e encarando a situação com muita calma. Felizmente.
Bem, ontem prometi contar o que diz respeito à Comunicação Social.
Não vou referir o nome do jornal, pela simples razão de querer salvaguardar outras situações que não me irresponsabilizem do que aqui escrever,pois estarei sempre pronto para responder pelo que tiver de responder, seja onde for.
A primeira notícia referia que dois jovens menores tinham sido esfaqueados numa rixa entre grupos por causa de uma desavença com a irmãde um dos jovens, numa determinada escola. Mais: que um dos grupos era transportado num carro e constituído por cerca de 40 jovens, que se confrontaram com outro grupo, sendo dois esfaqueados e, depois, socorridos no hospital, de onde tiveram alta no mesmo dia. Estes dados, segundo a repórter SS afirma, foram fornecidos por uma fonte policial.
O conteúdo da notícia tem outros pormenores de somenos importância, embora todos eles falsos. Reponho aqui a verdade:
Os dois jovens não são menores. Um tem 22 e o outro 23 anos, e são meu filho e meu neto; a causa foi, de facto, um desentendimento com a minha neta, insultada dentro da escola por um colega que a ameaçou, facto que a levou a pedir ao irmão e ao tio para a irem buscar, já que ela tinha receio de ser vítima de alguma agressão; deste modo, meu neto e meu filho foram ao local esperar a minha neta e, quando se dirigiam para a escola, caíram numa emboscada, preparada por um grupo formado por mais de 20 jovens, armados de facas, que caíram em cima deles. Meu neto foi esfaqueado nas costas e meu filho num pulmão e num rim, ferimentos cuja gravidade determinou para que hospitais deveriam ser encaminhados. Meu neto foi para o Amadora-Sintra (levou 32 pontos e esteve internado apenas um dia) e meu filho para o S. José, para os cuidados intensivos, em estado gravíssimo. Esteve 3 dias com diagnóstico reservado e, posteriormente com leituras inconsistentes e nada animadoras, até que, desde há três dias udo parece querer melhorar. Ainda está internado, dado que o rim continua com problemas.
Este facto obrigou-me a ligar para o referido jornal, numa tentativa de falar com a jornalista SS, o que não foi possível, por ela estar ausente segundo informação recebida , pelo que a chamada foi encaminhada para um colega dela, a quem esclareci sobre o assunto. Prometeu rectificação, e, de facto, no dia seguinte, o jornal publicou uma notícia mais condizente com a verdade dos factos, mas omitindo um pormenor que não dignifica o jornalismo ali exercido, porquanto não relacionou a notícia aldrabada com a da rectificação como, penso eu, o jornalismo sério impunha: AO CONTRÁRIO DO QUE NOTICIÁMOS ONTEM... tal e tal...Nem uma palavra. Os leitores continuaram a ser aldrabados,porque a diferença era tão grande entre as notícias que aqueles só podiam pensar ser ambas relativas a dois factos diferentes. Jornalismo de sensação, que nada dignifica a classe a que eu pertenço.Dias depois, voltei a ligar para falar com a jornalista SS. Continuava a não estar, e fui encaminhado para o editor responsável pela secção que atende a estas situações. Uma conversa engraçada, que dava um episódio de novela que rebentaria com todas as audiências , à qual não faltaram ameaças. Veja lá o que vão dizer, Não ponha na minha boca coisas que eu não disse, O que é que você quer? e, no fim: Bom, amanhã vamos dar outra notícia. Grande aldrabão esse tal editor que conversou comigo. Não publicou nenhuma notícia. E, como eu insistia em falar com a repórter SS, serviu de escudo com ameaças para me impedir de falar com ela. Ela, a quem eu apenas queria dizer duas verdades: uma para abolir a fonte policialque lhe dera a informação pela porta do cavalo, o que colocava a sua carreira jornalística exposta a fracassos feios; e a outra de não permitir que terceiros sirvam de escudo para as asneiras que ela faz, assumindo-se responsável pelo que escreve, ainda que sob a capa de sigla. Um profissional que se preze assina sempre com o seu nome, aquele que estáinserido na carteira profissional. Bem, se calhar a SS não a tem, e, se a tem, é imerecida, porque uma profissional da comunicação social não desenvolve notícias de assuntos tão graves como a segurança nas escolas só porque alguém (e não fonte oficial policial) lhe deu um telefonema para uma notícia sensacional de uma RIXA ENTRE GRUPOS NUMA ESCOLA. Sensacional... bem sensacional, metendo, inclusive, grupos rivais, com um deles conduzido num carro de onde saíram 40 jovens... Ao menos poderia ter concluído que era uma camioneta... Que nojo!- Carlos Pereira