sábado, outubro 29, 2005

LEILÃO DE POSTAIS

Foi um amigo meu que me apontou o caminho para apoiar alguém que está precisando de ajuda, coisa da vida que qualquer um mortal de nós poderá sentir cortar na pele, e logo acedi tentar tudo para conseguir algo para mitigar o máximo possível o sofrimento de alguém que eu estimo muito.
Simplifico: pretendendo vender postais de uma colecção pessoal de postais antigos, e sem saber como o fazer, meu ami go sugeriu eu tentar vender a partir de meus blog's, seguindo ideia generalizada na net. Porque não? Aqui estou promovendo essa ideia e venda de alguns postais. Para o efeito organizei esta pequena loja de antiguidades nas condições que ficam expressas aí mais em baixo.
Para já, se está interessado, fique sabendo que a transacção só se concretiza após a garantia de pagamento, claro, a combinar por e-mail, telefone, messenger ou utilizando o espaço para comentário neste blog.
Este primeiro postal, data de 1908. Foi oferecido nesse ano a alguém da família da dona da colecção, uma colecção enorme e com singularidades muito curiosas, principalmente nalguns deles em que serviram como correspondência onde o expedidor alimentava um romantismo repleto de esperanças ... penso eu. Particularidades (peculiares) no aproveitamento dos espaços do verso dos postais para escrever, nem que para isso tivessem de as frases ser sobrepostas em vários sentidos sem impedir a legibilidade da mensagem. Curioso e digno de apreciação. Irei postar algumas fotos com estes postais que estarão também à venda.
Como gosto de ser construtivo em todas as minhas acções, neste caso particular e sempre que o tempo e os acessos mo permitam, procurarei sempre valorizar cada um dos postais, de acordo com as imagens, acrescentandio textos que sirvam a singularidade em causa.
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D. Luíz Filippe
Filho primogénito do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, nasceu em 1887 e morreu assassinado a 1 de Fevereiro de 1908, juntamente com o seu pai. Desta forma, quem ascendeu ao trono após o Regicídio foi o seu irmão mais novo, que reinou, embora por pouco tempo, como D. Manuel II.

A violência da oposição à ditadura de João Franco criara as condições propícias a uma tentativa revolucionária republicana.
Em 21 de Janeiro de 1908 são presos, como suspeitos de conspiração, França Borges, João Chagas, Alfredo Leal e Vítor de Sousa.
Em 28 de Janeiro fracassa uma tentativa revolucionária. Foram presos, como implicados na intentona, entre outros, Afonso Costa, Egas Moniz, Álvaro Pope e o visconde de Ribeira Brava.
O Governo resolve então intensificar a repressão. Prepara um decreto que lhe permite expulsar do país ou deportar para uma das colónias em África, os culpados de crime contra a segurança do Estado. Em 31 desse mês, o ministro da Justiça Teixeira de Abreu regressa de Vila Viçosa, onde se encontrava a família real, com o decreto assinado.
D. Carlos, no dia seguinte, 1 de Fevereiro, regressa a Lisboa acompanhado da família real. Tendo desembarcado no Terreiro do Paço, seguiam numa carruagem aberta para o Paço das Necessidades. A carruagem real roda lentamente junto da penúltima arcada do lado ocidental do Terreiro do Paço. Subitamente, rompendo entre o cordão de polícias e população, um homem de revólver em punho põe o pé no estribo traseiro da carruagem real e dispara à queima-roupa contra o rei, atingindo-o com dois tiros na cabeça. A carruagem segue à desfilada pela rua do Arsenal, quando um outro indivíduo, mais adiante, dispara uma carabina que trazia oculta contra D. Luíz Filippe, que segurava um revólver, matando-o.
D. Manuel é atingido num braço. Apenas a rainha D. Amélia sai ilesa.
O pânico e o tiroteio generalizam-se. O primeiro regicida terá sido morto pelo príncipe D. Luíz Filippe. O segundo é morto pela polícia.
Os regicidas foram Alfredo Costa, de 28 anos, caixeiro de profissão e Manuel Buíça, de 32 anos, professor primário, ambos republicanos.
[Foto: Edição Costa - Propriedade M.H.S.P. - Texto CP - Porto Editora - Direitos Reservados]

CONDIÇÕES:
  • O leilão de cada postal não tem licitação. Os interessados farão as suas ofertas através dos meios postos ao dispor: telefone - 96 950 47 97 para Portugal; 00 315 96 950 47 97 para o Estrangeiro. E-mail: cpereirangola@sapo.pt ou carlospereirangola@hotmail.com (com messenger), ou pela zona de comentários disponível no blog.
  • O prazo para decidir será de uma semana, dado que por vezes os contactos possam tornar morosas as negociações.
  • Os pormenores que revestem a venda serão tratados durante os contactos, inclusivé a forma de pagamento mais conveniente para o comprador
  • As remessas serão sempre feitas com as melhores garantias oferecidas pelos serviços de Correios de Portugal.