Hoje, deu-me para implicar com algo que eu não aceito com agrado. Não por ter a mania de querer endireitar seja o que for, mas por pensar poder ser útil, alvitrando ou apelando à atenção das pessoas. Só isso! Apenas, porque não acho bem e me parecer ser errado. Pelo menos para mim. Hoje apenas abordarei um dos aspectos do que eu considero errado, perigoso e, francamente, talvez um pouco mais do isso: também, por ser insultuoso e interesseiro.
OS OBSTÁCULOS NOS PASSEIOS
Estou com uma dificuldade de todo o tamanho para abordar este tema. É que, quero referir-me a algo que tem, de certeza um nome, e eu não sei nem consegui, em lado nenhum, que me ensinassem. Na redacção, onde lido com mais de uma dezena de colegas – revisor inclusive -, me souberam responder. Quero referir-me àqueles ferros espetados nos passeios para impedir o estacionamento de carros. De certeza que já identifiquei ao que quero me referir. Fico triste, pois gosto de chamar as coisas pelos nomes. Bem, desculpem lá a minha ignorância.
Ora bem, acho que a colocação desses obstáculos (ferros verticais, bolas de cimento, etc.) têm muitos inconveniente, além de serem – de certo modo – insultuosos por denunciarem falta de respeito pelas leis. Quero dizer: é preciso usar de alternativas para impedir que se estacione um carro em cima de um passeio, quando todos sabemos que os passeios são para as pessoas e, por lei, é proibido estacionar carros. E, para impor o cumprimento de uma lei e de uma atitude civilizada ao povo, usam-se mostrengos inestéticos e perigosos. Mostrengos (fig.) pelo aspecto feio e perigosos, por constituírem obstrução às pessoas - principalmente a deficientes, cegos e idosos, pessoas com dificuldade de locomoção -, de poderem transitar sem correrem o risco de embaterem neles, sujeitos a mazelas várias. Pior, quando são colocados no perímetro das passadeiras que são destinadas, exclusivamente, à passagem de pessoas.
Esta imagem foi obtida por mim (telemóvel) no dia 29 de Julho,junto da Estação da CP ALGUEIRÃO-MEM MARTINS.
E, ainda mais grave, porque, à noite, em algumas zonas a implantação de tais obstáculos, a iluminação pública é precária.
A propósito, quem morar para os lados da estação da CP de Mem-Martins – Algueirão, poderá constatar desta situação, desde esta semana, por ali terem implantado os tais obstáculos, de ferro com mais de meio metro de altura, bem certinho com as canelas de qualquer mortal que os não veja.
Que se recorra a esta alternativa para solucionar o problema da falta de educação, de incultura, do egoísmo, da falta de respeito pelos semelhantes, das leis e por comodismo, até compreendo, embora não aceite. Talvez outros sistemas de actuação das autoridades competentes resolvessem o problema, a médio ou longo prazo. Deste modo, apenas interessa, à empresa ou ao industrial que fabrica os tais obstáculos, e, sei lá se mais a alguém. Colocá-los de metro a metro, parece-me ser um desperdício, pois, que eu saiba, não há carros que tenham um metro de comprimento. Pergunto: Será que as Juntas Freguesia, alienam estes factos e não planificaram essas implantações, deixando de considerar a estética, a poupança e o interesse dos utentes pedonais? Cheira-me bem que não… que há por aí interesses de ganhos exagerados. Quando ao resto, só posso concluir que somos um povo desordeiro, irresponsável e mal-educado. Sinais de subdesenvolvimento que subsiste no nosso país –
Carlos Pereira -
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