TAÇA
– a primeira edição desta prova, não conseguiu, pelo menos até à jornada que se concluiu esta semana, a oitava, confirmar os verdadeiros objectivos da Liga, que são oferecer ao futebol luso uma prova que resulte em receitas suficientes que permitam ajudar os clubes.
As receitas foram nada más, referira-se em abono da verdade, mas e a partir de agora? Com dois dos principais clubes arredados da prova – FC Porto e Benfica –, e, apenas, com o Sporting apurado para discutir nas próximas jornadas com o Leiria, Penafiel, Setúbal e Beira-Mar o título será o panorama suficiente para garantir boas receitas? Será que o entusiasmo que resta pela prova vai ser a mola impulsionadora de adeptos da bola a irem aos estádios ver jogos, mesmo considerando a imortalidade do Sporting?
Temos de esperar para obter as certezas que neste momento não me ocorrem como sendo possíveis, ainda que admitindo que a presença do Sporting é sempre um aliciante capaz de atrair adeptos.
Penso que a Liga vai ter de repensar nos moldes em que a prova está a ser disputada, sem olhar com tanta certeza para resultados prováveis ou possíveis, mas pensando correctamente futebol, para que o formato da prova possa ser melhorado. E a solução poderá estar, muito especialmente, no sistema da primeira fase, onde o processo de eliminação é resolvido num só jogo, com recurso a marcação de livres na marca da grande penalidade.
Receitas geram-se ainda que com a presença de equipas de menor envergadura, mas sem que as grandes equipas possam dar o contributo valioso, como se verificou nos jogos em que o Fátima enfrentou o FC Porto e o Sporting. O barómetro pode, em minha opinião, situar-se nesses jogos e, também, no realizado no Estádio do Bonfim. – Carlos Pereira