... mas benguelenses são cientistas
INTROITO - Vivi em Benguela, seis meses, no ano de 1949, cumprindo um contrato no Rádio Clube de Benguela. Tempo de bem passados momentos com uma malta de confiança, muito semelhante à minha "malta do Bungo" (Luanda) onde nasci. Foi em Benguela onde eu comecei minha carreira como relator desportivo.
UMBIGO: Comigo e com quem aprendi alguma coisa que me entusiasmou para prosseguir, estiveram o Zeca Santos e o Fernando Amaral. A forma como comecei é estranha e de verdadeira aventura. Assim aconteceu. O Portugal de Benguela - na altura uma das mais poderosas equipas do futebol angolano, onde se vincularam verdadeiros craques como o Miau, Palhares, Lindo, Manecas Leitão e tantos outros que seus nomes me não ocorrem neste momento -, estava qualificado para disputar a Taça de Angola e tinha de jogar em Luanda contra o Sporting (do Telmo Vaz Pereira, Norberto Franco, Fernandinho...). Estava, então, eu a ler o noticiário da uma da tarde quando, do outro lado do aquário da cabina, o Bento Maia, me acenava para sair... Assim fiz e dei o lugar à Maria Helena Soeiro. O Bento Maia disse-me que devia ir a Luanda com o Portugal de Benguela, para gravar a reportagem e fazer relato. Meu Deus, sem mais nem aquelas... eu que nunca fizera um relato... Era a morte do artista. (Risos de verdade). Cumprir ordens e nada mais... lá fui naquele avião equisito de feitio, que o Belém pilotava como mais ninguém... O Zeca Santos, que era empregado do Banco de Angola, não foi dispensado e eu era a salvação. Amigo como sempre foi, o Zeca (o tal que ficou famoso com a célebre frase: Minino Zeca Santo, eu te conheço... ) deu-me uma dicas base e lá fui eu armado naquilo que nunca fora... relator desportivo.
CONCLUINDO: as dicas benguelenses do Zeca resultaram. A gravação (note: na ocasião grava-se em fio de aço, nas famosas Websters) foi aproveitada no programa que o Elvino Bastos produzia e as pessoas gostaram de tal maneira que a partir daí acreditei, também, que poderia ser o que, realmente, aconteceu: ser o melhor relator deportivo angolano e não só: também, em Portugal, em 1956, trabalhando nas Produções Lança Moreira, me guindei a essa posição de topo... (vaidoso? sim um pouco) ao lado do Mário Cília, António Miguel, Couto e Santos, etc. Uma vez abordado este assunto (umbigo pequeno) a propósito dos benguelenses, que me foi enviado por e-mail, pelo sentido humorístico, aqui fica com o meu aceno ao autor de
ORGULHO DE SER BENGUELENSE
Eis as notícias:
Americanos: Durante escavações nos EUA, os arqueólogos descobriram, a 100 mts de profundidade, vestígios de fio de cobre que datavam do ano 1000. Os americanos concluíram então que os antepassados já dispunham de uma rede telefónica naquela época.
Argentinos: Os argentinos, para não ficarem atrás, escavaram também o sub-solo e encontraram restos de fibra óptica a 200 mts de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que tinham 2.000 anos de idade. Os argentinos concluíram, triunfantes, que os antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra óptica, quando Jesus nasceu!
Argentinos: Os argentinos, para não ficarem atrás, escavaram também o sub-solo e encontraram restos de fibra óptica a 200 mts de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que tinham 2.000 anos de idade. Os argentinos concluíram, triunfantes, que os antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra óptica, quando Jesus nasceu!
Angolanos de Benguela: Uma semana depois, em Benguela, foi publicada a seguinte notícia: Após escavações arqueológicas no sub-solo do Lobito, Catumbela, Baía Farta, Cubal e Benguela bem como, em diversas outras localidades, até à profundidade de 500 mts, os cavadores de Benguela não encontraram absolutamente nada. Assim conclui-se que os antigos habitantes da Província já dispunham, há 5.000 anos, de uma rede de comunicações sem fio: wireless.
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