sexta-feira, janeiro 04, 2008


Época festiva e festejar é só bom na hora certa. Depois, para o jornalista que não tem espaço nem tempo para festejar, beijar, abraçar, acender luzes, comer bolo-rei, ligar carrinho, olhar crianças e ser criança outra vez… depois é moleza, preguiça. Em muitos anos assim aconteceu. O ano passado foi ao contrário. Aconteceu mesmo festejar e ficar cansado. Falta de hábito. Rotina de 365 dias enfartam os músculos e quando o ambiente é enfadonho, só gente comendo e olhando o que o outro está comendo, é de ficar de bico calado para não provocar conversas de bla-bla-bla. Quantos momentos deste terão acontecido por aí no Natal de ano passado. Comigo isso não era possível. Dava para simular dor de cabeça e ir dormir. Mas aconteceu por aí que eu sei. Nem importa apontar o dedo. Importa sim, desabafar com a palavra certa, que não ofende nem resmunga, mas revela vontade de ver todo o mundo feliz, ao redor da iluminada árvore de Natal, que durante toda a noite piscou no seu ritual luminoso, colorido e lindo, plim-plan-plim, qual arco-iris anunciando tempo de chuva, lá longe no horizonte.


Hoje, escrevo 2008. Quem diria. A mim, a quem um médico disse: Tu não passas dos 30 anos. E, eu acreditei. E logo a manutenção de uma árvore genealógica me ocorreu como sendo um direito um dever meu, regar, adubar e fazer com que em suas hastes esverdeassem de novo e se embelezassem dom flores, folhas, pétalas que a perpetuassem. E assim aconteceu, e hoje a árvore está repleta de frutos de um casamento que dura há meio século, cachos de gente simples, vivendo já a quinta geração. Meu primeiro bisneto já me chama de chato. Se calhar até sou. E por pensar nisso. Não estarei mesmo a ser chato com tanto umbigo neste post? Se calhar até estou…


Que 2008 seja o melhor de todos os que já passaram. Isto eu desejo a quantos me visitam aqui e me deixam certezas de até 31 de Dezembro de 2007, ter registado 48.530 visitas no MEUS ESCAPES e 190.250 no ESTÓRIAS P'RA CONTAR
Obrigado a todos.