sábado, maio 20, 2006

cultura

NOTA DO EDITOR

Prometi ontem reproduzir os textos de Joaquim Letria [25ªHora] e de Clara Pinto Correia [O fio da navalha], editados pelo jornal 24horas,todavia, fui apanhado na belíssima surpresa da atribuição do maior galardão literário da lusofonia, Prémio Camões 2006, ao meu compatriota e amigo LUANDINO VIEIRA. Um safanão grande senti dentro de mim quando li a notícia no Público. Luandino Vieira o Zé Graça -, tem estória especial em minha existência. Num crescimento pigmentado de amizade, dúvidas, admiração, revolução, regozijo e grande, mas grande mesmo respeito e admiração. Hoje, porém, apenas aqui deixo o que consegui respigar por aí nas ondas hertzianas. As que eu vivi, lado- a-lado, com o Graça, ficam para quando eu tiver um pouco mais de tempo para uma retrospecção que data dos anos 50, memorizada quando conheci o Graça, trabalhador do sector de peças da Solana (representante da Volvo) em Luanda, onde meu pai era o guarda-livros.

LUANDINO

VIEIRA

galardoado com o
PRÉMIO CAMÕES 2006

Com Diário digital | A atribuição do Prémio Camões 2006 ao escritor angolano Luandino Vieira foi anunciada hoje, sábado, num hotel de Lisboa.
Luandino Vieira é o terceiro autor africano galardoado com aquele prémio, depois do moçambicano José Craveirinha (1991) e do angolano Pepetela, em 1997 .
Trata-se do mais importante galardão literário da lusofonia e foi criado em 1988 pelos governos de Portugal e Brasil para distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento cultural e literário em português.
O júri deste ano foi constituído por Agustina Bessa-Luís (Portugal), Francisco Noa (Moçambique), Ivan Junqueira (Brasil), Paula Morão (Portugal), José Eduardo Agualusa (Angola) e Evanildo Bechara (Brasil).
Miguel Torga, João Cabral de Melo Neto, José Craveirinha, Maria Velho da Costa, José Saramago, Eduardo Lourenço, Sophia de Mello Breyner Andresen, Pepetela e Rubem Fonseca são alguns dos autores que já receberam o Prémio Camões.

OPINIÕES:
O Nobel da Literatura José Saramago afirmou-se «profundamente satisfeito» pela atribuição do Prémio Camões ao escritor angolano José Luandino Vieira, acrescentando que demorou, mas a justiça foi feita.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, afirmou hoje estar muito satisfeito pelo facto de um grande escritor de língua portuguesa como Luandino Vieira ter ganho o prémio Camões.
Vejo esta decisão com muita satisfação, porque Luandino Vieira é um grande escritor de língua portuguesa, disse o chefe da diplomacia portuguesa.