de alterações climáticas que
podem originar stress hídrico
O investigador falava na Conferência intitulada "Angola: Ensino, Investigação e Desenvolvimento (EIDAO 08)" que, hoje, terminou na Universidade do Minho e que juntou 100 académicos, investigadores, homens de cultura e agentes económicos, sociais e políticos de Portugal, Angola e Brasil.
Abordando os "riscos que Angola enfrenta", devido às alterações climáticas, principalmente ao nível da água, Naim Haie disse que o cenário para a África Austral prevê, para o ano de 2080 um aumento da temperatura média".
Esse aumento - especificou - deverá ser de 3,7 graus centígrados entre Dezembro e Fevereiro e 4 graus entre Junho e Agosto.
Por isso, "estima-se uma diminuição significativa nas chuvas durante o período frio na África Austral, a qual poderá atingir 40 por cento na zona mais a oeste".
"Quase todos os países, excepto a África do Sul, sentirão uma redução significativa no caudal dos rios", defendeu, calculando que tal provoque uma redução da produção agrícola que atingirá valores de 0,4 a 1,3 no Norte de África e na sua região Austral.
Naim Haie, que é especialista em temas da água a nível mundial, avisou que é provável que a segurança alimentar, um problema humanitário já presente, se agrave com as alterações climáticas.
A Conferência Internacional, que decorreu em Braga, terminou a 17 de Maio, centrou-se sobre as áreas da "Educação, Cultura e Desenvolvimento", "Desenvolvimento Urbano, Rural e Meio Ambiente", "Recursos Naturais, Desenvolvimento Sustentado e Alterações Climáticas", "Tecnologia e Economia Sustentada", "Sociedade Civil, Estado e Democracia", e "Sistemas de Saúde e Segurança Social".
carlospereirangola@gmail.com (Créditos:RTP- 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal.)