sábado, setembro 08, 2007

Pais de MADDIE arguidos




Em toda a minha vida, mesmo aquela que teve lugar na fase crítica da adolescência, circunscrita a um meio de preconceitos e quando ainda a electricidade estava a chegar à rua onde eu morava, lá longe, no Bungo perto do bairro da Mãe Isabel (Igreja da Nazaré), eu me sentia sensível a todas as questões dramáticas que envolvessem crianças. Lembro-me bem da menina Ercília, filha de Joana – lavadeira dos nosso vizinhos -, que foi encontrada na valeta que havia nas laterais da via férrea, no apeadeiro Álvares Maciel. Uma menina de 3 anos. Durante algum tempo eu tive visões que muito complicaram com minhas noites de sono. O tempo deste drama pertenceu à era colonial portuguesa. A linda Ercília, era negra, sua mãe serviçal (lavadeira), sem direitos constituídos para ter o apoio da justiça.
Levou tempo para esquecer. Mas, quase esqueci. Quase, pois, ainda agora, volvidos 68 anos, eu estou lembrado. Lembrado por estar a acompanhar o desenvolvimento do que aconteceu com a menina britânica, desaparecida no Algarve (Portugal) a pequerrucha
MADDIE

Não pretendo vestir batina de juiz e muito menos de advogado. Tenho calça de ganga e camisa vulgar de trabalhador. Mas, como humano, sinto que posso dar à letra quanto me ocorre este caso, principalmente hoje, em que o assunto ganhou foros sensacionais,
com a constituição da mãe de Maddie em arguida, única via para possibilitar à Polícia Judiciária portuguesa um interrogatória de 22 questões que só podem ser feitas a testemunhas constituídas arguidas. Uma porta-voz da família McCann declarou hoje à BBC que Kate McCann foi formalmente constituída arguida pela Polícia Judiciária no caso do desaparecimento da sua filha Maddie. «Eles - disse referindo-se à policia portuguesa - acreditam que têm provas que demonstram que ela de alguma forma está envolvida na morte da filha, o que é completamente ridículo. Eles sugerem que foi encontrado sangue num carro que o casal alugou 25 dias depois de a Madeleine ter sido levado», disse à BBC Justine McGuiness.
Imagem obtida no momento em que a mãe de Maddie saía da Polícia Judiciária, em Portimão, onde mais tarde iria ser interrogado seu marido.
Nessa noite quente de Verão algarvio, em que uma linda menina britânica desapareceu, seus pais, o casal McKenn mais alguns amigos juntaram-se para desfrutarem dos prazeres naturais que uma refeição complementar ao fim do dia sempre convida a apreciações peculiares a quem está gozando férias…e, para isso, o trio da prol fica em casa, aparentemente dormindo. Afirma-se que houve o cuidado paternal de controlar o bem-estar das crianças. Mas, nem assim conseguiram evitar o pior: o desaparecimento da filha mais velha, a MADDIE. Sendo eles um casal com disponibilidades financeiras desafogadas, não seria normal que pais responsáveis se preocupassem em deixar os filhos sob cuidados de alguém? Ou, mesmo para terem a noite toda para quanto as férias convidam, deixando-os em alguma creche? Mas isso não se fez e o drama aconteceu. Na verdade, ainda nada se apurou. O caso, ao longo de todos os meses de Maio a esta parte, tem sido averiguado pela Polícia Judiciária portuguesa – e, também, com a colaboração da Polícia britânica -, com muitas cautelas e em bases sólidas, sem especulações, embora sendo alvo, por vezes, de jocosos insultos da imprensa britânica, que têm gerado autênticas contradições. Finalmente, os resultados das análises que estiveram a ser feitas em Inglaterra, chegaram à Policia Judiciária portuguesa – creio que, apenas, algumas – e o rumo das averiguações rodou 90 graus. Os pais de Maddie estão sob suspeita de homicídio, por haverem indícios conclusivos de contactos revelados pelos cães polícia (britânicos) da mãe de Maddie com odores comprometedores, assim como com o sangue localizado num carro que havia sido alugado, tempo depois do desaparecimento da criança. Se quisermos relacionar dois factos dados à estampa pela imprensa portuguesa, após conhecidos os resultados das análises, penso que pode ter acontecido homicídio. Por acidente ou não. Perante o facto consumado – Maddie morta – teria havido a preocupação de esconder o cadáver (não localizado pelos cães) em lugar bastante seguro, onde se terá mantido durante o largo tempo que decorreu a averiguação, e, quando se achou ser o melhor momento para o remover… foi-se buscar o cadáver da menina, ainda ensanguentado, e lançado algures seguro por onde os cães já teriam farejado e nada terem encontrado. Esta hipótese (minha e sem fundamento real) deixa-me concluir que houve tentativa de CRIME PERFEITO. Por acidente estranho (negligência ou descontrolo paternal…) ou por qualquer outro motivo (... e podem haver tantos…) EU JÁ NÃO ACREDITO QUE MADDIR APAREÇA VIVA!