quinta-feira, dezembro 14, 2006




ARTE
Pinceladas de cor nas sombras abstractas
da minha imaginação
brilhos deixados num por do sol cheio de luas
penumbra de sentimentos traçados a pormenor
com um pincel fino
que a brisa marinha desbota no invisível
deste mundo de criatividade.

Olhar crítico que deixa o destino da tela
à mercê dos meus olhos fechados
confiante no talento que me nasce da alma
cores que escorrem e se misturam sem sentido
dão vida a uma melodia silenciosa
que os olhares escutam
texturas do momento que nunca mais se repetem
e que o tacto de quem sonha
ao contrário sentirá de outra forma.
Colorido de incompreensão inócua
na simples escolha da parede branca
onde a intensidade perfeita
da luz de um dia de Verão
realçará o sentido do delicado quadro
que tentadoramente, ainda está fresco.
Num instante de raiva inesperado
as minhas mãos
penetram nas tintas, e com elas se misturam
metamorfoseiam o frágil efeito artístico do desenho
nascido do acaso, os meus dedos deslizam cruamente e sem nexo entre contornos e efeitos visuais
reinventam novas formas de sentir, novos traços, impressões eternas para sempre
gravadas na pintura final
num momento de cega loucura
que o tempo jamais irá apagar.
São segredos abertos e entregues aos olhos de quem vê
que apenas eu consigo entender, sofrer e decifrar.
Créditos: COMUNIDADE BLOGUEIRA Autoria desconhecida Dez.2006