quarta-feira, dezembro 27, 2006

QUE ANO ESTE...

O sétimo ano do Século XXI está aí: 2007. Nem me passou pela ceça fazer uma retrospectiva de 2006. Para quê? Noutros sítios na net existem espaços próprios para essa tarefa estonteante. Nesta aproximação do novo ano, pergunto-me:
- Que aconteceu neste adeus a 2006, que mais me revoltou?
Penso, repito todos os pensamentos, como num rodopio fulminante e não evito o latejar da minha antipatia pelo presidente do EUA, George Bush, pela política alucinante como gere o seu governo com reflexos desastrosos em universos mundiais onde não se fala americano. O Mundo actual, é medonho. Mete medo, mas eu não fujo. Tenho de enfrentá-lo como sempre enfrentei - mesmo em tempo de guerra em Angola, após a independêwncia do terrtitório -, quanto de horrível acontece e está para acontecer, sempre com o mesmo optimismo positivo. Não quero ser enganado. Nada melhor do que enfrentar os perigos que os alertas anunciam, embora muitos deles não sejam por mim encarados em vida.

Imagem: www.meteored.com

Entre estes, salta-me na primeira linha de pensamentos, a redução das emissões de gases com efeito de estufa, por ser insuficiente para evitar a subida do nível do mar, as ondas de calor e degelos nos próximos 100 anos. E tudo, porque, apenas alguns assinaram o Protocolo de Quioto. Mas, os Estados Unidos não assinaram. Ora isso seria trair as refinarias de petróleo no Texas, nas quais a família Bush tem a maioria dos interesses. David Gee, da Agência Europeia do Ambiente, é claro: “ O tema é complexo (…) Cada vez mais para o reconhecimento da acção do homem (…) há passos delicados a dar até se ultrapassarem interesses políticos e económicos de curto prazo (…) para quem a utilização estratégica do conhecimento científico assumiu a forma de uma GUERRA SUJA .
IRAQUE -

Uma desgraça que George Bush não quer reconhecer como tal, ainda que a sondagem feita pela CNN, aponte para 70% dos americanos não aprovar a política de guerra no Iraque). Claro, nenhum elemento da sua família foi enviado para o Iraque, onde, segundo as últimas estatísticas revelam que morreram mais norte-americanos na guerra do Iraque (2978- Reuters) do que na tragédia do 11 de Setembro (2973).

SADDAN HUSSEIN foi condenado à morte, acusado pelo massacre de146 camponeses xitas em 1982. O homem que suscitou o ódio de Bush bem contestou em vão;Bush, como não podia de ser apoiou a sentença do Tribunal (neocolonial iraco-americano).



E ninguém condena certos soldados americanos que chacinaram iraquianos com requintes de malvadez.



Imagem :geraldofreire.uol.com.br


JORNALISTAS DE GUERRA
A guerra no Iraque custou a vida a 32 jornalistas desde o início do ano, revela o relatório anual da Comissão para a Protecção dos Jornalistas, que assinala 2006 como o ano mais mortífero num único país. Mas não foi só aí que morreram jornalistas na frente de batalha. A lista é enorme. Mas, o motivo da referência é motivada pelo facto de a ONU (Conselho de Segurança das Nações Unidas) ter aprovado por unanimidade uma reolução que protege e salvaguarda os direitos dos jornalistas, profissionais dos meios de comunicação social (modernamente chamados de media assim mesmo em itálico, por não ser português)e pessoas associadas que trabalham em áreas de conflito armado. Esta é a primeira vez, que a ONU se manifesta em defesa de um direito há muito desejado pelos profissionais da informação. Só que, como será o futuro? Com uma ONU que já não merece credibilidade? Credibilidade perdida desde que os EUA não acataram resoluções sobre o Iraque. Já não deve faltar muito para alguém pensar em fundar uma organização, na Europa que defenda a Europa, na Ásia que defenda a Ásia, na África que defenda a África, etc. etc. etc. Estamos, de facto, no meio de uma tempestade mortífera (tsunami) anunciada com antecedência. Podem crer. - carlospereirangola@gmail.com