Olhem e digam se não estava engraçado? A frase era esta:
Antes de começar o trabalho de mudar o Mundo Aprenda a ouvir os apelos
ver as injustiças e exigir seus direitos.
Andei pela Blogger (Globo) até ao dia em que me insurgi contra uma atitude menos correcta do presidente Lula, do Brasil, que chamou de covardes a meus colegas brasileiras, por não alinharem na ideia de um controlo sub-reptício (censura…), sob a capa de protecção dos profissionais em confronto com amadores. Aí, meus amigos, meu blog com mais de dois anos e mais de 700 post’s e cerca de 12 mil visitas.. SUMIU sem mais nem menos. Então, por indicação da TDM mudei para a WEBLOGGER/TERRA onde ainda consigo manter-me. À cautela, arranjei um clone (não vá o diabo tecer sua teia)
( linkar meus escapes ) que tem um link neste meu actual “Estórias p’ra Contar”.
Esta evocação vem a propósito de mostrar meus primeiros propósitos, a que não fiquei totalmente rendido por ser mais jornalista do que escritor. De quando em vez lá conto isto ou aquilo. E, hoje, tenho uma estorieta p’ra contar:
Ontem em amena cavaqueira com meu colega de redacção, Pedro Azevedo – devo dizer-vos que o Pedro é um tipo magricela, vivo e sempre bem disposto, que gosta de atemorizar os outros com apertos de mão fortes, de quebrar os ossos… truques que eu compreendo mas não me atemorizam. Nem quando fica a substituir o editor nacional e tem arreganhos, ele consegue me amedrontar… podes crer Pedro! Bem, o Pedro entra na baila por ter tido ontem uma revelação do seu passado como praticante de atletismo nas provas de corta-mato. Quem havia de dizer que um larica daquele tamanho andou a correr nos matos alterosos desta praça. Disse ele que gramou a coisa e até andou por perto de máximos. (como se eu acreditasse.) mas bem, a correria dele lembrou-me de uma cena engraçada ocorrido em Angola, com um amigo meu, o Isidro Louro, atleta do verdadeiro ATLÉTICO DE LUANDA (o Catetão como o Rui Carvalho apelidou na hora da descolonização) hoje herdado pelo Petro Atlético. Um nome que fez furor nas Corridas de S. Silvestre, com o apoio do insubstituível DEMÓSTENES DE ALMEIDA - homem que lutou por valores angolanos em todas as vertentes, dignificando sempre o seu nome, as suas convicções e sempre, repito, com uma educação exemplar. Pois o Isidro Louro, numa S. Silvestre, creio a 31 de Dezembro de 1976 – a primeira corrida depois de independência em Novembro de 1975 -, lá estava ele. Ele, magrito, de pescoço curto e cabelos demasiados na nuca, na linha de partida, na Marginal. O percurso da prova, bem delineado, com sprints e subidas chatas, como a da Fortaleza de S. Miguel – seguia pelo Largo de Palácio e ia desembocar à rua Da Misericórdia – transversal à que dá ao actual Hospital Graça Machel – onde por casualidade morava o Isidro. Pois bem. O nosso amigo, estava enganado quanto à preparação física – dois anos sem trinos… - e, ao olhar a casa e pensando que na geleira tinha lá umas cucas geladinhas, não teve alternativa para a tentação e esgotamento emn que se encontrava:
- Eh pá, disse para o apoiante – eu vou ali beber água e volto já.
E foi, mesmo a correr para dentro da sua casa. Mas não saiu logo. Por lá ficou e, por volta da meia-noite, telefonou para a Rádio Nacional, onde eu me encontrava, a perguntar quem tinha ganho a corrida.
Ao recordar o episódio, voltei a rir e o Pedro também achou graça, ou fingiu que sim…
Até à próxima.